Casa onde não há gatos, os ratos dançam o fado.
Sem autoridade ou vigilância, as pessoas tendem a comportar‑se sem regras e a aproveitar‑se da situação.
Versão neutra
Quando não há quem vigie, as pessoas tendem a comportar‑se sem regras.
Faqs
- Em que situações se usa este provérbio?
Usa‑se quando se quer sublinhar que a falta de autoridade, fiscalização ou liderança conduz a comportamentos livres que podem ser prejudiciais ou desordenados. - O provérbio é ofensivo?
Não é intrinsecamente ofensivo; é uma expressão popular. Contudo, pode ser interpretado como crítica dirigida a pessoas ou instituições ausentes ou negligentes. - É um provérbio típico de Portugal?
Sim, trata‑se de um provérbio usado em Portugal (e variantes semelhantes existem noutras línguas). A referência cultural do 'fado' na versão dada é uma lâmina estilística, acrescentando cor local. - Devo usar esta expressão num contexto formal?
Em contextos formais, prefira uma formulação literal e neutra (por exemplo, «na ausência de supervisão, aumentam os desvios»). O provérbio é mais adequado a registos informais ou explicativos.
Notas de uso
- Usa‑se para criticar ou descrever situações em que a ausência de controle leva à desordem ou abuso.
- A conotação é frequentemente negativa e pode ser irónica; aplica‑se a contextos informais e formais (escritório, família, instituições).
- Não implica necessariamente corrupção deliberada: pode referir mudanças de comportamento por falta de supervisão.
- Ao empregar o provérbio é útil explicitar a que 'gatos' e 'ratos' se refere no contexto (por exemplo, chefia, regras, fiscalização).
Exemplos
- Na reunião não apareceu ninguém da direção; foi como diz o provérbio — casa onde não há gatos, os ratos dançam o fado: as decisões foram adiadas e cada um fez o que quis.
- Com a supervisora de férias, a produção caiu e aumentaram as faltas injustificadas. Isto prova que, muitas vezes, onde falta vigilância, as regras deixam de se cumprir.
Variações Sinónimos
- Quando o gato sai, os ratos fazem festa.
- Gato ausente, ratos à solta.
- Quando não há chefe, cada um faz como quer.
Relacionados
- A ausência de liderança tende a criar desordem.
- Sem fiscalização, aumentam os abusos.
- Regras sem aplicação tornam‑se inúteis.
Contrapontos
- Comunidades com forte auto‑regulação mantêm a ordem mesmo sem vigilância constante.
- Equipa madura e responsável pode continuar a trabalhar bem na ausência da chefia.
- Sistemas com normas internalizadas exigem menos supervisão externa.
Equivalentes
- Inglês
When the cat's away, the mice will play. - Espanhol
Cuando el gato no está, los ratones bailan. - Francês
Quand le chat n'est pas là, les souris dansent. - Alemão
Wenn die Katze aus dem Haus ist, tanzen die Mäuse auf dem Tisch.