Castiga o bom, melhorará; castiga o mau, piorará.
Advertência de que a punição aplicada a alguém de boa índole tende a corrigi‑lo, enquanto a mesma punição aplicada a alguém já malicioso tende a agravar o comportamento.
Versão neutra
Punir alguém de bom carácter pode conduzir à melhoria; punir alguém já malicioso pode piorar o seu comportamento.
Faqs
- O provérbio proíbe sempre a punição?
Não. O provérbio chama à atenção para efeitos distintos da punição em função do carácter e da situação. Não é uma regra absoluta; indica que é necessário avaliar antes de aplicar medidas disciplinares. - Em que contextos é mais útil aplicar esta ideia?
Em educação, gestão de equipas e justiça restaurativa, onde a resposta à transgressão pode ser adaptada ao histórico, às motivações e ao potencial de reabilitação da pessoa. - Significa isto que devemos favorecer sempre a indulgência com quem erra?
Não necessariamente. O provérbio sugere prudência: alguns erros corrigem‑se com orientação; outros exigem responsabilização e medidas que promovam mudança positiva. A intervenção deve ser proporcional e informada.
Notas de uso
- Usa‑se para distinguir efeitos distintos de medidas punitivas conforme o carácter ou a predisposição da pessoa.
- Frequentemente citado em contextos de educação, disciplina escolar, gestão de pessoal e justiça restaurativa.
- Não pretende prescrever um método concreto de castigo; antes chama à atenção para a necessidade de avaliar a pessoa e a situação antes de punir.
- Emprega‑se num registo geral e proverbial; não é técnico nem científico — deve ser complementado com conhecimento psicológico e contextual.
Exemplos
- Na reunião, o coordenador citou o provérbio: castigar o bom, melhorará; castigar o mau, piorará — e propôs medidas diferentes para cada caso.
- Os professores lembraram‑se do dito antes de decidir: em vez de castigar o aluno responsável e aplicado, escolheram uma conversa corretiva; com o aluno agressivo optaram por apoio e acompanhamento.
Variações Sinónimos
- Castiga o bom e ele mudará para melhor; castiga o mau e ele tornará pior.
- Se corrigires o justo, ficará mais justo; se punires o perverso, ficará mais perverso.
- Pune o inocente com cuidado; pune o culpado com reparação (variação interpretativa).
Relacionados
- Mais vale prevenir do que remediar (ênfase na prevenção em vez de punição tardia).
- Educar pelo exemplo (sugere correção através de modelos, não apenas punição).
- A violência gera violência (observação sobre efeitos recíprocos da punição agressiva).
Contrapontos
- Algumas formas de punição, se justas e proporcionais, podem dissuadir comportamentos nocivos e funcionar como elemento de correção.
- A eficácia de punições depende do tipo (restaurativa vs retributiva), do contexto e do apoio posterior — não é universalmente válido que punição a um 'mau' sempre o torne pior.
- O provérbio simplifica a realidade humana; avaliações individuais e medidas integradas (educação, terapia, responsabilização) são normalmente mais eficazes.
Equivalentes
- es
Castiga al bueno y mejorará; castiga al malo y empeorará. - en
Punish the good and they will improve; punish the bad and they will worsen.