Quem castiga, dá o pão

Quem castiga, dá o pão.
 ... Quem castiga, dá o pão.

A pessoa que pune ou exerce autoridade é também quem assegura o sustento ou os meios, pelo que a sua ação disciplina ou controla quem depende dela.

Versão neutra

Aquele que pune também é quem garante o sustento.

Faqs

  • O que significa este provérbio no dia a dia?
    Significa que quem tem o poder económico ou social para punir também é quem garante o sustento, pelo que as pessoas dependentes tendem a aceitar as regras ou punições dessa autoridade.
  • É um provérbio que encoraja a submissão?
    Depende do contexto. Pode descrever uma realidade factual sem a justificar; noutros casos serve como aviso ou crítica sobre o abuso de poder e a dependência.
  • Onde se usa este provérbio?
    É usado em contextos familiares, laborais e políticos, sempre que se quer destacar a relação entre castigo/autoridade e fornecimento de meios/material.
  • Há alternativas mais suaves para transmitir a mesma ideia?
    Sim. Expressões como "quem paga manda" ou dizer que "a dependência económica condiciona a liberdade" transmitem ideias semelhantes de forma mais formal.

Notas de uso

  • Usado para justificar ou explicar submissão a quem detém poder económico ou social (pais, patrões, Estado).
  • Pode ter tom neutro (descrever uma relação factual de dependência) ou crítico/irónico (alertar para exploração).
  • Aplica-se tanto a contextos familiares como laborais e políticos.
  • Nem sempre é moralmente justificável: assinala uma relação de facto, não legitimidade do castigo.

Exemplos

  • Na aldeia, a gente aceita certas regras porque quem castiga, dá o pão — é ele que nos emprega na lavoura.
  • Num debate sobre benefícios sociais, alguém comentou que as exigências do estado se explicam assim: quem castiga, dá o pão.

Variações Sinónimos

  • Aquele que dá o pão tem autoridade para castigar (variação explicativa).
  • Não bites a mão que te dá de comer (equivalente popular e mais directo).
  • Quem dá ordenado, dá ordens (dito relacionado no contexto laboral).

Relacionados

  • Não bites a mão que te dá de comer.
  • Quem paga manda.
  • Casa onde não há pão todos ralham e ninguém tem razão.

Contrapontos

  • Quem dá o pão não tem o direito automático de abusar do poder.
  • A dependência económica não legitima qualquer forma de castigo; há limites legais e éticos.
  • Nem sempre quem sustenta tem sempre razão — a crítica e o direito à dignidade persistem.

Equivalentes

  • Inglês
    Don't bite the hand that feeds you.
  • Espanhol
    No muerdas la mano que te da de comer.
  • Francês
    Ne mordez pas la main qui vous nourrit.
  • Alemão
    Beiß nicht die Hand, die dich füttert.