Chamar pela morte, é mentir
Acusar alguém de invocar a morte para confirmar a sua palavra é acusá‑lo de falsidade; o provérbio critica juramentos dramáticos ou hiperbólicos que visam dar credibilidade a uma mentira.
Versão neutra
Invocar a morte para reforçar um juramento é sintoma de falsidade.
Faqs
- O provérbio deve ser interpretado literalmente?
Não. Trata‑se de uma crítica ao recurso a juramentos extremos como estratégia para convencer; não implica um desejo real de morte. - Quando é apropriado usar este provérbio?
Quando se quer pôr em causa a credibilidade de alguém que recorre a hipérboles ou juramentos melodramáticos para provar algo. Evitar em contextos formais ou religiosos. - É uma expressão ofensiva?
Pode ser sentida como forte porque questiona a honestidade. Usá‑la pode provocar confronto, por isso convém avaliar o tom e o público. - Qual é a origem deste provérbio?
A origem não é conhecida com precisão. Expressões que desvalorizam juramentos dramáticos existem em várias línguas e tradições orais.
Notas de uso
- Usa‑se para desmistificar afirmações que recorrem a expressões extremas (invocar a morte, jurar pela própria vida) como forma de convencer.
- Tem um registo crítico e pode soar forte; costuma ser usado em contextos familiares, jornalísticos ou políticos para desacreditar um declarante.
- Não é literal: refere‑se ao acto de fazer um juramento exagerado ou teatral para dar impressão de veracidade.
- Pode ser percebido como informal e algo coloquial; evitar em contextos muito formais ou religiosos, onde juramentos têm outro peso.
Exemplos
- Quando lhe perguntaram sobre as irregularidades, respondeu com uma promessa solene — mas muitos comentaram: «Chamar pela morte, é mentir».
- Discutiram sobre as contas da associação e o presidente jurou que não havia descontrolo; um membro reagiu: «Chamar pela morte, é mentir», para sublinhar a desconfiança.
- Num debate, o candidato afirmou veementemente que nunca recebera oferta indesejada; os adversários replicaram com o provérbio para pôr em dúvida a sua palavra.
Variações Sinónimos
- Quem chama a morte, mente
- Chamar a morte é jurar em falso
- Jurar pela morte é prova de mentira
- Jurar pela vida (ironicamente usado para indicar falsidade)
Relacionados
- Quem mente tem pernas curtas
- Promessas e palavras levam ao vento
- Não se brinca com a morte
Contrapontos
- A palavra de um homem vale mais do que ouro (sublinhar honestidade sem juramentos)
- Quem cumpre a palavra não precisa jurar
Equivalentes
- Inglês
"Cross my heart and hope to die" (oferece um juramento dramático que, na prática, pode ser usado de forma irónica ou insincera). - Francês
"Je le jure sur ma vie" (uma fórmula de juramento que, por vezes, é vista como teatral e não necessariamente verdadeira). - Espanhol
"Juro por mi vida" (expressão de juramento forte que pode ser usada de modo hiperbólico e, por isso, discreta suspeita de falsidade).