Chuva de sábado nunca se acaba.
Expressa que algo desagradável ou incómodo tende a prolongar‑se mais do que se espera; resignação face a problemas que parecem não ter fim.
Versão neutra
Quando algo desagradável começa, parece prolongar‑se indefinidamente.
Faqs
- O provérbio é usado para falar do tempo meteorológico?
Raramente. Embora faça referência à chuva, usa‑se sobretudo de forma figurada para descrever situações prolongadas e desagradáveis. - Em que contextos o posso usar?
Em conversas informais para comentar uma série de contratempos, atrasos ou má sorte que parecem não terminar. - Tem origem conhecida?
Não há registo seguro da origem; é um dito popular com circulação regional em Portugal.
Notas de uso
- Registo informal e popular; usado em conversa quotidiana.
- Empregado com sentido figurado para problemas, contratempos ou aborrecimentos persistentes.
- Pode ser usado de modo humorístico para lamentar uma série de azares ou frustrações.
- Não é um enunciado meteorológico; raramente é dito literalmente para prever o tempo.
Exemplos
- Depois de duas semanas de atrasos nos trabalhos, ele suspirou: «Chuva de sábado nunca se acaba» — já não esperamos que termine depressa.
- O carro avariou, e depois a bateria descarregou; parecia que quando começavam os problemas não paravam, como se disséssemos: chuva de sábado nunca se acaba.
Variações Sinónimos
- Quando começa a chover ao sábado, parece que não pára.
- Chuva ao sábado, pega e não larga.
Relacionados
- Quando chover, choverá a cântaros (variante climática)
- Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura (persistência)
- Não há mal que sempre dure, nem bem que nunca se acabe (contraponto)
Contrapontos
- Não há mal que sempre dure, nem bem que nunca se acabe — lembra que os problemas também passam.
- Depois da tempestade vem a bonança — perspectiva otimista sobre dificuldades temporárias.
Equivalentes
- inglês
When it rains, it pours. - espanhol
Cuando llueve, llueve a cántaros.