Conforme somos, assim julgamos.
Tendemos a avaliar outras pessoas com base nas nossas próprias qualidades, defeitos, crenças e experiências.
Versão neutra
Tendemos a avaliar os outros segundo aquilo que somos — as nossas qualidades, defeitos e valores.
Faqs
- O que significa este provérbio numa frase curta?
Que as nossas avaliações dos outros refletem frequentemente as nossas próprias características, valores ou inseguranças. - Quando é apropriado usar este provérbio?
Quando se quer explicar um julgamento parcial, apontar hipocrisia ou descrever projeções psicológicas em análise social ou pessoal. - É sempre verdadeiro que julgamos os outros por nós próprios?
Não sempre; embora seja um viés comum, é possível aplicar critérios objetivos e procurar imparcialidade através de reflexividade e informação. - Como evitar esse tipo de julgamento?
Praticar empatia, procurar evidências, questionar as próprias motivações e pedir outras perspetivas antes de concluir.
Notas de uso
- Usa-se para explicar o fenómeno psicológico da projeção — atribuir aos outros características próprias.
- Aparece em contextos morais, sociais e psicológicos quando se discute parcialidade e preconceito.
- Pode ter tom crítico (apontar hipocrisia) ou explicativo (descrever um viés cognitivo).
- Não é uma regra absoluta: há julgamentos informados e baseados em evidências.
Exemplos
- Quando ele critica a desonestidade alheia com veemência, muitos pensam que é por ser demasiado rigoroso; conforme somos, assim julgamos.
- Uma pessoa insegura pode achar os outros competitivos ou hostis; é um bom exemplo de que conforme somos, assim julgamos.
- Ao avaliar um colega, lembrei-me deste provérbio: é provável que o meu próprio hábito de trabalhar tarde me faça ver os outros como pouco comprometidos.
Variações Sinónimos
- Cada um julga conforme a sua medida.
- Nós julgamos pelos nossos próprios olhos.
- Vemos nos outros o que temos em nós.
Relacionados
- Não se conhece um livro pela capa — alerta contra avaliações superficiais.
- Quem não tem telhados de vidro não atire pedras — crítica à hipocrisia.
- Julgar depressa é errar — sobre precipitação ao formar opinião.
Contrapontos
- Não julgueis, para que não sejais julgados (ensinamento bíblico que adverte contra o juízo impetuoso).
- Existem métodos e critérios objetivos para avaliar situações e pessoas, pelo que nem todo julgamento é mera projeção.
- A imparcialidade e a empatia permitem reduzir a influência das características pessoais no julgamento.
Equivalentes
- inglês
We judge others by ourselves. - espanhol
Como somos, así juzgamos. - francês
Selon ce que nous sommes, ainsi jugeons-nous. - alemão
Wie wir sind, so urteilen wir.