Entre pessoas do mesmo grupo ou com interesses comuns existe tendência a proteger-se mutuamente e a não denunciar ou prejudicar uns aos outros.
Versão neutra
Membros do mesmo grupo tendem a evitar prejudicar ou denunciar entre si.
Faqs
O que quer dizer 'Corvo a corvo não tira olho'? Significa que membros do mesmo grupo ou cúmplices tendem a proteger-se mutuamente e a não denunciar ou prejudicar uns aos outros.
Quando é apropriado usar este provérbio? Usa-se para criticar ou descrever situações de compadrio, impunidade ou silêncio coletivo, especialmente em política, empresas ou redes informais.
É uma expressão ofensiva? Depende do contexto; pode ser pejorativa se aplicada a um grupo específico, por implicar cumplicidade ou falta de ética.
Qual a origem do provérbio? É um provérbio popular de origem incerta na tradição de língua portuguesa; metáforas com corvos aparecem noutras línguas com sentido semelhante.
Notas de uso
Tom: geralmente crítico ou observacional, usado para apontar compadrio, impunidade ou cumplicidade.
Registo: coloquial; pode aparecer em conversas informais, comentários políticos e análises sociais.
Contextos típicos: política, polícia, empresas, grupos familiares ou redes de cúmplices.
Não implica que todos os membros de um grupo se protejam sempre; refere uma tendência ou percepção social.
Exemplos
Na comissão parlamentar, muitos votaram em bloco e recusaram acusações internas — alguns comentaram: 'corvo a corvo não tira olho'.
Havia evidências, mas ninguém prestou testemunho contra o colega; no fim concluíram que corvo a corvo não tira olho.
Os empregados protegiam o chefe que favorecia amigos; para os observadores, aquilo era um exemplo clássico de corvo a corvo não tira olho.
Variações Sinónimos
Corvo com corvo não tira olho
Cumplicidade entre pares
Proteção mútua
Silêncio entre cúmplices
Relacionados
Quem cala consente
Há honra entre ladrões (expressão equivalente em sentido de cumplicidade)
Os amigos ajudam-se
Contrapontos
Sistemas judiciais e canais de denúncia são concebidos para contrariar essa tendência e permitir que membros de um grupo denunciem abusos.
Nem todas as comunidades protegem os seus; rivalidades internas e princípios éticos podem levar à denúncia.
Mudanças culturais e responsabilização pública reduzem a validade prática do provérbio em alguns contextos.