Corvo, roubar sabão? Para quê? Roubar é da minha natureza.
Corvo, roubar sabão? Para quê? Roubar é da minha natureza.
Provérbios Árabes
Expressa, de forma irónica ou defensiva, a ideia de que o acto de roubar faz parte do carácter ou hábito de alguém, servindo de justificação ou riso perante a acusação.
Versão neutra
Por que roubar sabão? Roubar faz parte do meu comportamento.
Faqs
Este provérbio tem origem tradicional? Não há registo de origem clássica para esta formulação; trata‑se de uma construção coloquial que combina humor e autocrítica, não de um provérbio ancestral.
Em que contextos é aceitável usá‑lo? Em contexto informal, literário ou humorístico para caracterizar alguém. Deve evitar‑se em situações formais ou quando pode ser interpretado como acusação séria.
É ofensivo chamar alguém isso? Pode ser. Acusar alguém de roubo ou sugerir que roubar faz parte da sua natureza é grave e pode ferir ou difamar. Use com precaução.
Há uma versão mais neutra para usar em análise ou estudo? Sim: "Por que roubar sabão? Roubar faz parte do meu comportamento." — mantém o sentido sem o tom teatral.
Notas de uso
Pode ser usado de forma jocosa, autodepreciativa ou sarcástica, quando alguém admite um comportamento reprovável como se fosse inevitável.
Também aparece como rétorica defensiva para minimizar a gravidade de uma acusação ou para caricaturar uma tendência pessoal.
Ao empregar o provérbio para se referir a terceiros, há risco de ofensa ou difamação — usar com cuidado em contextos formais.
Não é um provérbio clássico da tradição oral portuguesa; tem tom coloquial e contemporâneo.
Exemplos
Quando o vizinho o apanhou com dois sabonetes no avental, ele sorriu e disse: «Corvo, roubar sabão? Para quê? Roubar é da minha natureza.»
Numa cena teatral, a personagem revela sem vergonha os pequenos furtos acumulados: «Para quê fingir? Roubar é da minha natureza.»
Variações Sinónimos
Roubar é da minha natureza.
Para que fingir? Nasci para roubar.
Uma vez ladrão, sempre ladrão (variação idiomática).
Não sei resistir a pegar algo — faz parte de mim.
Relacionados
Ladrão que rouba a ladrão tem cem anos de perdão.
Uma vez ladrão, sempre ladrão.
Contrapontos
As pessoas podem mudar: comportamento passado não determina o futuro.
Circunstâncias sociais ou económicas explicam, mas não justificam, a criminalidade.
Admitir ou brincar com o crime pode normalizar atitudes nocivas; responsabilidade e consequências importam.
Equivalentes
Inglês (literal) Crow, steal soap? For what? Stealing is my nature.
Inglês (idiomático) Once a thief, always a thief.
Espanhol (literal) Cuervo, ¿robar jabón? ¿Para qué? Robar es mi naturaleza.
Francês (literal) Corbeau, voler du savon ? Pourquoi ? Voler, c'est ma nature.