Criança que não se ri ao fim de um mês, ou é tola ou o pai que a fez.
Afirma, de forma jocosa e atribuindo culpa, que a falta de riso precoce numa criança se deve à sua “tolda” ou ao pai — sugere influência hereditária/parental.
Versão neutra
Se uma criança não sorri no primeiro mês, isso não indica necessariamente falta de inteligência; podem existir muitas causas biológicas ou ambientais.
Faqs
- O que quer dizer literal e figurativamente este provérbio?
Literalmente brinca com a ideia de que um bebé que não ri cedo é «tolo» ou culpa do pai; figurativamente atribui traços de carácter aos pais, expressando uma visão determinista sobre hereditariedade. - É apropriado usar este provérbio em conversas sobre bebés?
Deve ser usado com cautela: pode ser interpretado como ofensivo ou culpabilizador. Em contextos médicos ou com familiares sensíveis, é preferível evitar ou explicar que se trata de uma expressão antiga. - Tem fundamento científico afirmar isso sobre o riso de um bebé?
Não. O desenvolvimento do sorriso social varia e depende de factores biológicos, neurológicos e ambientais. Atribuir ausência de riso a «tolice» ou apenas ao pai é simplista e incorreto.
Notas de uso
- Tom frequentemente jocoso ou provocador; usado em conversas familiares para comentar traços de personalidade.
- Reflete uma visão determinista sobre hereditariedade que hoje é considerada simplista.
- Pode ser interpretado como insultuoso ou culpabilizador se aplicado a bebés ou pais; usar com cuidado e evitar em contextos sensíveis.
- Não deve ser usado como diagnóstico — o desenvolvimento infantil varia e a falta de riso precoce pode ter causas médicas ou ambientais.
Exemplos
- Na reunião de família, o tio disse, meio a brincar: «Criança que não se ri ao fim de um mês…», mas logo lhe chamaram a atenção por ser insensível.
- Ao discutir o desenvolvimento do bebé, a pediatra explicou que não se deve tirar conclusões precipitadas com base em um mês, contrariando o velho provérbio.
Variações Sinónimos
- Criança que não ri ao mês, ou é tola ou é do pai.
- Quem não sorri cedo, culpa o pai (variante jocosa).
- Forma reduzida usada em contexto familiar: «Se não ri ao mês, é do pai.»
Relacionados
- Tal pai, tal filho.
- Filho de peixe sabe nadar.
- A maçã não cai longe da macieira.
Contrapontos
- O sorriso social aparece tipicamente entre 6 e 12 semanas, mas há grande variabilidade individual.
- Fatores ambientais, cuidados e interação social influenciam o desenvolvimento emocional e social do bebé.
- Atribuir culpabilidade ao progenitor ignora a complexidade genética, epigenética e do ambiente.
- Em contextos médicos, a falta de sorriso precoce é um sinal a avaliar por profissionais, não um motivo de chacota.
Equivalentes
- Inglês
Like father, like son. (aproxima o sentido de hereditariedade; tradução literal do provérbio original: "A child who doesn't laugh by a month is either foolish or the father who made it.") - Espanhol
De tal palo, tal astilla. (expressão equivalente sobre semelhança entre pais e filhos) - Francês
Tel père, tel fils. (equivalente sobre a influência do pai no filho) - Alemão
Wie der Herr, so’s Gescherr. (sentido semelhante: os filhos seguem os pais)