Da casa do gato não sai o rato farto

Da casa do gato não sai o rato farto.
 ... Da casa do gato não sai o rato farto.

Quem vive sob o domínio ou proteção de alguém que tem poder sobre si dificilmente sai beneficiado; não se pode esperar prosperar num ambiente onde há risco ou exploração.

Versão neutra

Quem se mantém sob o controlo de um predador ou de alguém com poder não sairá em vantagem.

Faqs

  • Quando devo usar este provérbio?
    Quando quiseres alertar alguém sobre os riscos de permanecer dependente ou submisso a quem tem poder de causar-lhe prejuízo ou explorar-lhe o trabalho.
  • O provérbio é ofensivo?
    Não é intrinsecamente ofensivo, mas pode ter tom censuratório se dirigido a alguém que, por razões válidas, está numa situação de dependência. Usar com cuidado e contexto.
  • Tem origem conhecida?
    Não existe origem documentada clara para este provérbio; parece derivar da imagem popular do gato como predador do rato e do uso metafórico dessa relação.
  • Significa sempre que devo sair de uma situação difícil?
    Não necessariamente. É um aviso geral; a decisão de sair deve considerar riscos, benefícios e alternativas concretas.

Notas de uso

  • Usa-se para aconselhar alguém a não permanecer dependente ou subordinado a quem pode prejudicar ou explorar.
  • Registo: coloquial; costuma aparecer em conversas familiares, regionais ou como advertência prática.
  • Não é literal — refere-se a relações de poder, emprego, proteção ou tutela.
  • Pode ser usado com tom preventivo (para avisar) ou crítico (para censurar quem permanece numa situação desfavorável).

Exemplos

  • Não aceites permanecer só por receio; da casa do gato não sai o rato farto — procura uma situação onde sejas valorizado.
  • Se continuas a depender daquele patrão que te explora, não te queixes: da casa do gato não sai o rato farto.

Variações Sinónimos

  • Na casa do gato o rato não fica bem alimentado
  • Quem vive com o lobo uiva como o lobo
  • Quem está debaixo do tacão não sai enriquecido

Relacionados

  • Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és
  • Não se pode servir a dois senhores
  • Quem semeia ventos, colhe tempestades

Contrapontos

  • Nem todas as dependências são prejudiciais: em algumas situações a proteção pode trazer benefícios e oportunidades (patrocínio, mentorias).
  • Usar o provérbio como argumento definitivo pode ignorar casos em que permanecer numa posição subalterna é uma estratégia temporária para progredir.
  • O ditado tende a generalizar — convém avaliar contexto, relações e custos/benefícios antes de aconselhar uma saída imediata.

Equivalentes

  • inglês
    Don't bite the hand that feeds you (não morder a mão que te alimenta) — equivalente aproximado sobre relação com quem nos protege ou sustenta.
  • espanhol
    En casa del gato, el ratón no sale bien alimentado — versão literal usada em algumas regiões hispanófonas.
  • francês
    On ne s'enrichit pas chez le chat — tradução aproximada usada de forma explicativa (não um provérbio tradicional).