Dai‑me homens ociosos, que eu vo‑los darei mentirosos.

Dai-me homens ociosos, que eu vo-los darei mentiro ... Dai-me homens ociosos, que eu vo-los darei mentirosos.

Adverte que a ociosidade favorece a invenção de mentiras, boatos ou comportamentos impróprios; sugere que quem não tem ocupação tende a criar falsidades.

Versão neutra

Se houver pessoas ociosas, é provável que apareçam mentiras e boatos.

Faqs

  • O que quer dizer exatamente este provérbio?
    Significa que a falta de ocupação tende a favorecer a invenção de mentiras, boatos ou comportamentos prejudiciais; serve como advertência moral sobre os efeitos da ociosidade.
  • Posso usar este provérbio para justificar críticas a desempregados?
    Deve‑se ter cuidado: o provérbio é uma generalização moral e não tem em conta causas sociais ou económicas da inatividade. Usá‑lo para estigmatizar indivíduos em situação de desemprego é impróprio.
  • Existe uma origem histórica conhecida?
    Não há uma autoria claramente atribuída; trata‑se de um ditado popular com origem incerta, provavelmente transmitido oralmente.

Notas de uso

  • É usado para criticar a ociosidade e alertar para os riscos sociais de não ter ocupação ou propósito.
  • Tem tom moralizador e generalizador; convém evitar quando se discute desemprego ou situações de exclusão social.
  • Aplica‑se frequentemente em contextos de rumores, fofocas ou invenção de histórias por falta de atividade.
  • Pode ser empregado de forma irónica ou humorística, dependendo do contexto e do tom.

Exemplos

  • Numa vila pequena, onde não há ocupações para os jovens, costuma ouvir‑se dizer: «Dai‑me homens ociosos, que eu vo‑los darei mentirosos», quando surgem rumores sem fundamento.
  • Ao comentar o crescimento de boatos na equipa, a diretora advertiu: «A ociosidade alimenta especulações — é melhor dar tarefas concretas do que alimentar conversas vazias».
  • Usou o provérbio numa conversa para apontar que, em tempo de inatividade, as pessoas tendem a inventar histórias para se entreter.

Variações Sinónimos

  • A ociosidade é mãe de todos os vícios.
  • Mente vazia, oficina do diabo.
  • Mãos ociosas fazem travessuras.
  • Quem nada tem que fazer, inventa o que não existe.

Relacionados

  • Provérbios sobre trabalho e virtude (ex.: «Trabalha quem quer, come quem pode»).
  • Ditados que associam tempo livre a comportamentos negativos.
  • Conselhos populares sobre ocupação e vida comunitária.

Contrapontos

  • A ociosidade por si só não explica a mentira; fatores como falta de oportunidades, pobreza, problemas de saúde mental e manipulação social também contribuem.
  • Estigmatizar pessoas desempregadas ou inativas pode ser injusto e ignorar causas estruturais.
  • Nem toda atividade impede a propagação de boatos; pessoas ocupadas também podem mentir por motivos diversos.

Equivalentes

  • Inglês
    Give me idle hands and I will give you mischief (ou "Idle hands are the devil's playthings").
  • Espanhol
    Dadme hombres ociosos y yo os daré mentirosos. (variação literal)
  • Francês
    Donnez‑moi des hommes oisifs et je vous en ferai des menteurs. (variação literal)
  • Alemão
    Müßige Hände sind des Teufels Werkstatt. (equivalente: 'As mãos ociosas são a oficina do diabo')