De graça só relógio trabalha, e assim mesmo quer corda.

Nada é totalmente gratuito: tudo tem um custo, esforço ou cuidado subjacente.

Versão neutra

Nada é de graça; tudo implica um custo, esforço ou manutenção.

Quando é adequado usar este provérbio?
Ao querer alertar para custos ocultos, defender pagamento por trabalho ou explicar que algo aparentemente gratuito exige manutenção, esforço ou financiamento.
É ofensivo dizer isto a alguém?
Geralmente não é ofensivo; é um comentário prático. Contudo, depende do contexto e do tom — pode ser percebido como cínico se usado para desvalorizar a generosidade alheia.
Tem origem conhecida ou autor atribuído?
Não há autor conhecido. É um provérbio popular de tradição oral, adaptado por gerações em contextos ibéricos.
Aplica‑se na economia moderna?
Sim. Mesmo serviços digitais aparentemente gratuitos têm custos (publicidade, dados, manutenção), pelo que o provérbio mantém relevância.
Há exceções reais ao provérbio?
A exceção aparente é quando terceiros subvencionam ou quando actos de altruísmo são prestados sem retorno; mesmo assim, há sempre um custo para quem fornece o bem ou serviço.

Usa‑se para refutar a expectativa de receber bens ou serviços sem qualquer custo ou esforço.
Tom geralmente cauteloso ou pedagógico; pode servir de argumento em negociações sobre pagamento ou contribuições.
Registo coloquial, apropriado em conversas informais e em discurso figurado; em contextos formais pode preferir‑se linguagem mais direta.
Não pretende negar a existência de actos de generosidade, mas sublinha custos invisíveis (tempo, materiais, manutenção).

Quando pediram que fizesse o trabalho extra sem remuneração, ele recordou: “De graça só relógio trabalha, e assim mesmo quer corda.”
Os organizadores disseram que o evento era gratuito, mas explicaram que havia patrocinadores e voluntariado — afinal, de graça só relógio trabalha.

Existem serviços públicos ou iniciativas financiadas por impostos que são oferecidos sem pagamento direto ao utilizador — Porém, têm custos suportados por outros meios.
Ações voluntárias e dádivas podem ser gratuitas para o receptor, mas exigem esforço ou recursos dos doadores.
Sistemas automatizados podem reduzir custos, mas implicam investimento e manutenção.