De pequeno verás, que filho terás

Observa-se, desde a infância, traços e hábitos que antecipam o carácter e comportamento futuros de uma pessoa.

Versão neutra

Desde pequeno vê‑se que tipo de pessoa será.

O provérbio significa que nada muda depois da infância?
Não. Indica que traços e hábitos iniciais podem prever tendências futuras, mas não exclui a possibilidade de mudança devido à educação, experiências ou intervenção.
Quando é apropriado usar este provérbio?
Ao comentar atitudes recorrentes em crianças que possam vir a condicionar o futuro, em conversas sobre educação e formação de carácter — com cuidado para não ser descortês.
É um provérbio ofensivo ou sensível?
Em geral é neutro, mas pode ser percebido como crítico ou determinista se usado para rotular uma criança de forma definitiva.

Usa-se para justificar atenção ao comportamento infantil e à educação nos primeiros anos.
Tem tom preventivo ou observacional: pode ser dito ao discutir disciplina, escolaridade ou educação familiar.
Não deve ser usado de forma determinista para negar a possibilidade de mudança e desenvolvimento ao longo da vida.

Quando o João ainda era miúdo já ajudava os colegas sem pedir nada — de pequeno verás, que filho terás; provavelmente será um adulto solidário.
Os pais e a professora comentaram: 'De pequeno verás, que filho terás' — convém reforçar os bons hábitos desde agora.

A frase pode ser interpretada como determinista; muitos indivíduos mudam de comportamento com educação, terapia ou novas experiências.
Fatores ambientais, sociais e oportunidades educativas alteram trajectórias — não só os traços observados na infância.
Nem todo comportamento infantil se mantém na vida adulta; desenvolvimento e plasticidade são importantes.

inglês
The child shows what he will be (similar), or 'As the twig is bent, so grows the tree.'
espanhol
De niño se conoce al hombre / De tal palo, tal astilla.
francês
Tel père, tel fils (para semelhança); on reconnaît l'homme dès l'enfance (sentido geral).