De promessas, quem vive é santo.

De promessas, quem vive é santo.
 ... De promessas, quem vive é santo.

Alerta de que promessas não alimentam nem substituem ações concretas; não se deve depender apenas de palavras.

Versão neutra

Não se vive de promessas.

Faqs

  • O provérbio significa que nunca devemos acreditar em promessas?
    Não exactamente. Significa sobretudo que não devemos depender apenas de promessas para satisfazer necessidades práticas; é prudente exigir ações ou garantias concretas.
  • Em que contextos é mais apropriado usar este provérbio?
    Quando se quer advertir alguém que conta com promessas para resolver questões práticas — pagamentos, trabalho, compromissos urgentes — ou para justificar a exigência de provas/contratos.
  • Tem origem histórica conhecida?
    É um provérbio popular sem autor nem origem documental única; faz parte do património oral da língua portuguesa.

Notas de uso

  • Usa‑se para recusar confiar exclusivamente em garantias verbais, especialmente em assuntos práticos (pagamentos, trabalho, investimentos).
  • Tom habitual: advertência ou reparo, por vezes irónico. Pode ser dito com severidade ou em tom de conselho.
  • Registo: coloquial, apropriado em conversas familiares, profissionais informais ou mediáticas; evita‑se em contextos cerimoniais formais.
  • Pode justificar exigência de provas, contratos, prazos ou pagamentos imediatos em vez de confiar em promessas vagas.

Exemplos

  • Quando o empreiteiro disse que pagaria no mês seguinte, respondi: 'De promessas, quem vive é santo' — quero o pagamento hoje.
  • A família não pode esperar que o estado cumpra promessas indefinidamente; de promessas não se vive, por isso pedem medidas concretas.
  • Numa negociação comercial: 'Agradeço a palavra, mas precisamos de contrato assinado. De promessas, quem vive é santo.'

Variações Sinónimos

  • De promessas não se vive.
  • Não se vive de palavras.
  • Promessas não enchem o estômago.
  • Palavras não pagam contas.

Relacionados

  • Mais vale um pássaro na mão do que dois a voar (valorizar o garantido sobre o incerto).
  • Palavras são vento (desvalorização das palavras sem actos).
  • Quem quer vai, quem não quer arranja desculpas (exigência de ação em vez de desculpas).

Contrapontos

  • Em relações de confiança a longo prazo (família, parceria duradoura), promessas e palavras podem ter peso real enquanto capital social.
  • Em contextos políticos ou sociais, uma promessa pública pode desencadear medidas provisórias ou expectativas que se concretizam; nem todas as promessas são meramente vazias.
  • Em fases iniciais de projetos, promessas bem documentadas (memorandos de intenção, cartas de crédito) podem ser suficientes para avançar até se formalizar uma garantia.

Equivalentes

  • inglês
    You can't live on promises.
  • espanhol
    De promesas no se vive.
  • francês
    On ne vit pas des promesses.
  • italiano
    Dalle promesse non si vive.