Defunto não enjeita cova.
Afirma que não vale a pena contestar o que é definitivo ou inevitável; também usado para justificar apropriações ou decisões sobre algo deixado por um falecido.
Versão neutra
O defunto não rejeita a cova.
Faqs
- Quando se usa este provérbio?
Usa‑se para indicar que não vale a pena contestar algo já decidido, inevitável ou que pertence claramente a outros; também em justificações práticas sobre bens deixados por falecidos. - É apropriado dizer isto em momentos de luto?
Normalmente não. O provérbio pode soar insensível em situações de perda e luto; é mais adequado em contextos informais e quando se fala de decisões já tomadas. - Tem conotação moral ou legal?
Não tem força legal; é uma expressão popular que pode justificar atitudes pragmáticas, mas não substitui direitos legais ou decisões judiciais.
Notas de uso
- Uso coloquial e popular; frequente em contextos familiares e rurais.
- Pode significar aceitação do inevitável (fatalismo) ou justificar a tomada de posse de bens/lugares deixados por um morto.
- Tom e intenção variam: pode ser resignado, prático ou, em certos contextos, insensível ao sofrimento alheio.
- Não é expressão formal; evita‑se em contextos oficiais ou sensíveis relacionados com luto.
Exemplos
- Quando perceberam que a casa já estava legalmente passada para outro herdeiro, alguém comentou: «Defunto não enjeita cova», e deixaram estar.
- Diante da decisão irrevogável da direção, a equipa resignou‑se: «Não adianta lutar — defunto não enjeita cova.»
Variações Sinónimos
- O defunto não rejeita a cova
- Morto não enjeita cova
- O morto não rejeita a sepultura
- Aceitar o inevitável
Relacionados
- Não vale a pena chorar sobre o leite derramado — aceita‑se o que já aconteceu.
- Que os mortos descansem — expressões sobre respeito e inevitabilidade.
Contrapontos
- Mais vale prevenir que remediar — incentiva ação e prevenção contra o inevitável.
- Quem não arrisca não petisca — opõe‑se ao conformismo, valorizando iniciativa.
Equivalentes
- es
El difunto no rechaza la tumba. - en
The dead do not refuse the grave. (literal) — conveys acceptance of the inevitable; similar in sense to 'it is what it is' or 'what's done is done'.