Depois de mim, o dilúvio.
Expressão de indiferença ou egoísmo perante as consequências futuras: importa-me apenas o meu próprio interesse, mesmo que isso cause problemas depois da minha saída.
Versão neutra
Não me preocupo com as consequências que surgirem depois da minha saída.
Faqs
- Quem disse originalmente 'Depois de mim, o dilúvio'?
A expressão corresponde ao francês «Après moi, le déluge», muitas vezes atribuída ao rei Luís XV (século XVIII). A autoria exacta é discutida e pode ter sido usada em diferentes contextos do mesmo período. - Quando se usa este provérbio?
Usa-se para criticar atitudes de curta visão ou egoísmo, quando alguém toma decisões sem se preocupar com as consequências futuras. - É ofensivo empregar esta expressão sobre alguém?
Pode ser interpretado como acusação e ter tom pejorativo; convém evitar em contextos formais ou directos, salvo se for usado de modo crítico em análise pública ou jornalística. - Tem um equivalente em outras línguas?
Sim. A fórmula existe em várias línguas: francês «Après moi, le déluge», inglês 'After me, the deluge', alemão 'Nach mir die Sintflut', entre outras.
Notas de uso
- Uso crítico ou irónico para descrever atitudes de curta visão ou egoísmo, especialmente em dirigentes, gestores ou decisores.
- Registo: pode ser usado em contexto jornalístico, político ou coloquial; tem conotação negativa quando aplicado a pessoas.
- Cuidado ao empregar directamente sobre alguém numa conversa formal — pode soar acusatório.
- Historicamente associada à aristocracia francesa do século XVIII, embora a autoria exacta seja debatida.
Exemplos
- Ao vender a empresa sem assegurar uma equipa de sucessão, o CEO deu a ideia de um ‘depois de mim, o dilúvio’.
- Quando recusou investir em manutenção para reduzir custos imediatos, parecia dizer: depois de mim, o dilúvio.
- Os críticos acusaram o autarca de atitude ‘depois de mim, o dilúvio’ por não planear obras de longo prazo.
Variações Sinónimos
- Après moi, le déluge (francês, expressão original)
- After me, the deluge (inglês, tradução literal)
- Não me importam as consequências futuras
- Que se lixe o que vier depois (coloquial, mais forte)
Relacionados
- Quem semeia ventos colhe tempestades (sobre consequências das acções)
- Cada um por si (expressão de individualismo)
- Pensar apenas no presente (ideia conceptual relacionada)
Contrapontos
- Planeamento intergeracional e responsabilidade pelo futuro
- Princípio da precaução — prever e evitar danos futuros
- Proverbialmente: 'Quem semeia ventos colhe tempestades' (sublinha que as ações têm consequências)
Equivalentes
- Francês
Après moi, le déluge. - Inglês
After me, the deluge. - Espanhol
Después de mí, el diluvio. - Alemão
Nach mir die Sintflut.