Depois de raspar, não há mais o que cortar.
Quando já se retirou tudo o que era possível de uma situação ou recurso, não resta mais nada a extrair ou reduzir.
Versão neutra
Quando se tirou tudo o que havia para tirar, já nada mais pode ser retirado.
Faqs
- Quando devo usar este provérbio?
Use-o para indicar que não há mais margem de redução ou exploração numa situação — por exemplo, depois de terem sido feitos todos os cortes possíveis num orçamento ou quando um recurso está esgotado. - O provérbio tem tom negativo?
Frequentemente tem tom cautionário ou conclusivo e pode sugerir frustração; também pode servir como alerta para evitar desgastar algo até à exaustão. - É equivalente a "não se pode tirar sangue de uma pedra"?
Sim, ambas expressões partilham a ideia de não ser possível extrair mais de algo que já está esgotado, embora a imagem usada seja diferente. - Há contextos em que a expressão é inadequada?
Evite-a se houver margem para criatividade, reorganização ou investimento que possa desbloquear novos recursos — a expressão pressupõe que a única opção é reduzir.
Notas de uso
- Usa-se para indicar que um recurso, margem ou oportunidade está esgotado.
- Registo: coloquial; adequado em conversas informais e em análises práticas (finanças, projectos, negociações).
- Tom geralmente preventivo ou conclusivo — pode ter nuance crítica quando se aponta exploração excessiva.
- Não é indicado para situações em que ainda há possibilidade de inovação ou de descoberta de novas fontes.
Exemplos
- Após cortar todos os custos possíveis no orçamento, o director disse: «Depois de raspar, não há mais o que cortar»; a única alternativa seria aumentar receitas.
- Na negociação salarial, o gestor explicou que o salário já era o mínimo praticável — depois de raspar, não há mais o que cortar — e propôs outras compensações não monetárias.
Variações Sinónimos
- Não há mais nada a tirar.
- Já se esgotou tudo o que havia para tirar.
- Depois de tudo raspado, não sobra mais nada.
Relacionados
- Não se pode tirar sangue de uma pedra.
- Quem tudo quer, tudo perde.
- Mais vale prevenir do que remediar.
Contrapontos
- Nem sempre a primeira análise revela todas as possibilidades — pode haver eficiência ou inovação que permita 'obter mais' sem cortar o essencial.
- Em alguns casos, reorganização ou investimento pode criar nova margem em vez de apenas reduzir custos.
- A expressão supõe que o único recurso é cortar; nem sempre essa é a melhor abordagem.
Equivalentes
- inglês
You can't get blood from a stone. - espanhol
No se puede sacar sangre de una piedra. - francês
On ne peut pas tirer du sang d'une pierre.