Desconfiar de homem que não fale e de cão que não ladre

Desconfiar de homem que não fale e de cão que n ... Desconfiar de homem que não fale e de cão que não ladre

Aconselha prudência perante pessoas ou animais que se mantêm silenciosos, porque o silêncio pode ocultar intenções, perigos ou segredos.

Versão neutra

Desconfiar de quem não fala e de cão que não ladre

Faqs

  • Qual é a ideia principal deste provérbio?
    Que o silêncio pode ser sinal de perigo ou intenções ocultas, pelo que convém ter cautela quando alguém se mantém inexplicavelmente calado.
  • Posso usar este provérbio em contexto formal?
    É sobretudo de registo popular; em contextos formais é preferível expressar a ideia de forma mais neutra, por exemplo: "Deve‑se investigar quando alguém evita explicações".
  • O provérbio é misógino ou sexista por referir "homem"?
    Embora use a palavra "homem", o conselho aplica‑se a qualquer pessoa silenciosa. A versão neutra substitui "homem" por "quem" ou "pessoa".
  • Devo desconfiar sempre de quem está calado?
    Não. O provérbio aconselha prudência, não desconfiança sistemática. É melhor procurar esclarecer razões antes de tirar conclusões.

Notas de uso

  • Usado como aviso ou conselho quando o silêncio suscita suspeita.
  • Registo popular e proverbial; aplica‑se tanto a situações sociais como a contextos de segurança.
  • Não deve servir para justificar preconceito automático: o silêncio pode ter causas inofensivas (timidez, prudência, cultura).
  • Pode ser citado irónicamente quando alguém se cala por motivos legítimos.

Exemplos

  • No bairro já houve furtos, por isso os vizinhos começaram a desconfiar do homem que não fala e do cão que não ladre quando alguém novo apareceu.
  • Durante a reunião, a chefia reparou que o candidato mais silencioso evitava responder; lembrou‑se do provérbio e decidiu sondar melhor as motivações.
  • Ao avaliar parceiros comerciais, é prudente questionar quem evita dar explicações — desconfiar de quem não fala pode evitar surpresas.

Variações Sinónimos

  • Cão que não ladra morde
  • Homem calado, arma na manga
  • Águas paradas são profundas (pessoas silenciosas podem ter motivos ocultos)

Relacionados

  • Aparências enganam
  • Quem cala consente (diferente: sobre silêncio como aceitação)
  • Mais vale prevenir do que remediar

Contrapontos

  • O silêncio nem sempre indica perigo: pode refletir timidez, prudência, respeito ou diferenças culturais.
  • Confiar excessivamente no provérbio pode levar a julgamentos errados e discriminação.
  • Em contextos profissionais, é preferível esclarecer com perguntas directas em vez de presumir intenções.

Equivalentes

  • Inglês
    Still waters run deep; (and) beware the man who says little.
  • Espanhol
    Perro que no ladra morde / Cuidado con el que no habla.
  • Francês
    Méfiez‑vous de l'homme qui ne parle pas et du chien qui n'aboie.