Dinheiro e santidade, a metade da metade.
A ideia de que tentar ter ao mesmo tempo dinheiro e santidade conduz a resultados reduzidos em ambos — compromisso dividido produz meia medida.
Versão neutra
Quem procura ao mesmo tempo riqueza e santidade acaba por ter pouco de cada uma.
Faqs
- O que significa exactamente «a metade da metade»?
A imagem pretende enfatizar que, ao dividir a atenção ou o compromisso entre duas metas incompatíveis, cada uma delas fica severamente reduzida — não só metade, mas uma fracção ainda menor. - Quando devo usar este provérbio?
Use‑o ao aconselhar alguém sobre prioridades (por exemplo, entre lucro e ética) ou ao criticar compromissos que comprometem princípios. Tenha em conta o tom, que pode soar julgador ou irónico. - É um provérbio religioso?
Tem uma raiz moral e frequentemente aparece em contextos religiosos, mas aplica‑se também a situações laicas onde há conflito entre ganho material e valores éticos. - É politicamente correcto dizer isto hoje?
Depende do contexto. Pode ser interpretado como simplista ou moralista; em ambientes profissionais ou académicos, prefira argumentos mais concretos sobre consequências e prioridades.
Notas de uso
- Usa‑se para advertir contra prioridades divididas entre ganho material e princípios morais ou religiosos.
- Tom tipicamente crítico ou irónico; funciona como conselho conservador sobre prioridades.
- Pode aparecer em contextos familiares, religiosos ou em críticas sociais sobre hipocrisia e compromissos éticos.
Exemplos
- O avô dizia sempre: «Dinheiro e santidade, a metade da metade», quando via sobrancerias entre lucro e fé.
- Na reunião de equipa, Maria usou a expressão para lembrar que metas financeiras não podem sobrepor‑se aos princípios éticos: «Dinheiro e santidade, a metade da metade».
- Quando alguém tenta agradar a todos — aos clientes e à direcção moral — corre o risco de perder integridade e lucro: dinheiro e santidade, a metade da metade.
Variações Sinónimos
- Dinheiro e devoção, a metade da metade
- Querer ser santo e rico é ter meia‑medida de cada
- Quem tudo quer, tudo perde
- Quem muito abarca, pouco aperta
Relacionados
- Não se pode servir a Deus e ao dinheiro (Mt 6,24)
- Quem tudo quer nada tem
- Quem muito abarca, pouco aperta
Contrapontos
- Nem sempre é impossível conciliar riqueza e vida moral ou religiosa; há exemplos de filantropia e ética empresarial.
- A expressão simplifica realidades complexas: a gestão responsável da riqueza pode sustentar práticas virtuosas.
- Em sociedades modernas, muitas pessoas conciliam sucesso financeiro com compromisso sincero a princípios éticos.
Equivalentes
- Inglês
You cannot serve both God and mammon (You can't serve God and money). - Espanhol
Quien mucho quiere, poco aprieta / No se puede servir a Dios y a las riquezas. - Alemão
Wer alles will, verliert vieles (Quem tudo quer perde muito). - Francês
Vouloir être riche et saint conduit souvent à n'être ni l'un ni l'autre.