Dizem os antigos, gente rude e sincera: Nunca passou por mau tempo a chuva da primavera.
As dificuldades passageiras (como a chuva de primavera) não causam dano irreversível; os contratempos temporários podem até trazer benefícios.
Versão neutra
Dizem os antigos: nunca passou por mau tempo a chuva da primavera.
Faqs
- O que quer dizer este provérbio em poucas palavras?
Significa que contratempos temporários não são necessariamente prejudiciais a longo prazo e que podem preparar o terreno para algo melhor. - Quando é apropriado usar este provérbio?
Ao consolar alguém após uma dificuldade passageira ou ao lembrar que problemas temporários fazem parte de ciclos naturais; evita‑se quando o problema é estrutural ou requer intervenção. - É literal? A chuva de primavera nunca faz mal?
Não é literal; é uma metáfora baseada na observação agrícola. Em certas circunstâncias a chuva pode causar danos, pelo que o provérbio generaliza uma tendência, não uma regra absoluta. - Qual é a origem do provérbio?
Trata‑se de sabedoria popular transmitida oralmente, comum em comunidades rurais; não existe uma origem documentada específica.
Notas de uso
- Usa‑se para consolar quem enfrenta um revés, lembrando a natureza cíclica dos problemas.
- Tem forte raiz em contextos agrícolas, onde chuvas de primavera são frequentemente necessárias ao crescimento.
- Registo coloquial e tradicional; pode soar antiquado em contextos formais.
- Não deve ser usado para minimizar problemas estruturais ou persistentes — aplica‑se sobretudo a contratempos temporários.
Exemplos
- Depois de perder o emprego, o João disse que não desistia: 'Nunca passou por mau tempo a chuva da primavera' — acreditando que surgiriam novas oportunidades.
- Quando a horta ficou danificada pelas chuvas, a vizinha repetiu o provérbio para lembrar que a água vai ajudar as plantas a recuperar.
Variações Sinónimos
- Nunca fez dano à primavera a chuva de Abril/Maio.
- A chuva da primavera não prejudica, só prepara a terra.
- A chuva primaveril traz mais futuro do que prejuízo.
Relacionados
- Depois da tempestade vem a bonança.
- Não há mal que sempre dure.
- Depois da chuva vem o sol.
- Cada estação tem o seu proveito.
Contrapontos
- Nem toda chuva é benigna: enxurradas e chuvas intensas podem causar estragos reais.
- Usar o provérbio para justificar falta de ação perante problemas persistentes pode ser inadequado.
- Padrões climáticos alterados (ex.: alterações climáticas) tornam menos segura a generalização de provérbios agrícolas.
Equivalentes
- inglês
April showers bring May flowers / After the storm comes the calm - espanhol
Después de la tormenta viene la calma / No hay mal que por bien no venga - francês
Après la pluie, le beau temps.