Quem fez a casa na praça, a muito se aventurou: uns dizem que é muito baixa, outros que de alta passou.
Quem toma uma iniciativa exposta e ousada arrisca-se a críticas e opiniões divergentes; provocar atenção implica elogios e censuras.
Versão neutra
Quem faz algo em público arrisca críticas contraditórias: uns acham que ficou aquém, outros que passou do ponto.
Faqs
- O que significa 'fazer a casa na praça' neste provérbio?
É uma metáfora: «casa» representa um projecto ou acção e «praça» o espaço público. Significa que uma iniciativa visível expõe‑se a opiniões divergentes. - Quando é apropriado usar este provérbio?
Quando se quer comentar ou justificar que um acto público recebeu reações contraditórias, seja para aconselhar prudência ou para consolar alguém face a críticas. - É um provérbio crítico ou consolador?
Pode ser ambos: serve como aviso sobre o risco de exposição e como consolação de que críticas são inevitáveis quando se actua em público.
Notas de uso
- Usa-se para comentar situações em que uma acção pública ou visível gera opiniões opostas.
- Registo: coloquial/idiomático — adequado em conversas, crónicas e comentários, menos em textos muito formais.
- «Fazer a casa na praça» é imagem metafórica: praça = espaço público; casa = projecto, obra ou decisão visível.
- Serve tanto como advertência (pouco cuidado) como consolação (não se pode agradar a todos).
- Evitar em contextos em que se queira incentivar crítica construtiva sem desencorajar a iniciativa.
Exemplos
- Quando o município requalificou a rua principal, muita gente comentou: quem fez a casa na praça, a muito se aventurou — houve elogios e críticas.
- Ela lançou a start‑up com uma campanha muito directa; lembrei‑lhe o provérbio: quem faz a casa na praça, não pode estranhar opiniões opostas.
- Ao publicar o livro, Pedro ouviu tanto elogios como reparos: fazer algo à vista de todos traz sempre quem o critique.
Variações Sinónimos
- Quem ergue casa na praça arrisca opiniões.
- Quem se expõe no mercado, ouve de tudo.
- Quem faz a sua obra na praça não pode queixar‑se das vozes.
Relacionados
- Quem não arrisca, não petisca.
- Não se pode agradar a toda a gente.
- Quem se mostra, recebe aplausos e vaias.
Contrapontos
- A exposição pública também permite receber críticas úteis que melhoram o projecto — nem todas as opiniões contrárias são meramente negativas.
- Planeamento e comunicação clara podem reduzir mal‑entendidos; a visibilidade não tem necessariamente de implicar condenação.
- Em alguns casos, a crítica revela vontades partidárias ou inveja — interpretar sempre como prova de falha é simplista.
Equivalentes
- English
He who builds his house in the square takes a big risk: some say it's too low, others that it's too high. (Approx.: 'If you act in public you will attract differing opinions.') - Español
Quien hizo la casa en la plaza se arriesgó mucho: unos dicen que es muy baja, otros que pasó de alta. (Equivalente: 'No se puede agradar a todo el mundo.') - Français
Qui construit sa maison sur la place prend un grand risque : certains disent qu'elle est trop basse, d'autres qu'elle est trop haute. (Idée : exposer son projet attire des avis contraires.)