Quem pelo alecrim passou e dele não colheu, ou nunca teve amores, ou deles se esqueceu.
Diz que quem não aproveita uma oportunidade evidente demonstra falta de afeto ou esquecimento; aplicado a amores e oportunidades perdidas.
Versão neutra
Se alguém ignora uma oportunidade evidente, isso sugere que nunca a valorizou ou que a esqueceu.
Faqs
- Por que o alecrim aparece neste provérbio?
O alecrim é tradicionalmente associado à lembrança e ao amor em várias culturas ibéricas; por isso funciona como símbolo de ocasiões e afectos que se podem aproveitar. - Quando é apropriado usar este provérbio?
Usa-se em situações informais para comentar alguém que deixou passar uma oportunidade óbvia, especialmente em contexto amoroso ou social. - O provérbio é ofensivo?
Em geral não é ofensivo, mas pode ser crítico; convém evitar usá-lo para julgar duramente quando há razões legítimas para não aproveitar uma oportunidade.
Notas de uso
- Usado em contexto popular e familiar para criticar quem não aproveita uma ocasião óbvia.
- Mais frequente em registos informais e regionais; pode referir-se tanto a relações amorosas como a oportunidades gerais.
- Não deve ser tomado literalmente (não se refere à colheita de plantas), mas sim como metáfora para aproveitar o que está à mão.
Exemplos
- Quando ofereceu ajuda para organizar a festa e ela recusou, pensei: quem pelo alecrim passou e dele não colheu — ou nunca teve amores, ou deles se esqueceu.
- Perdeu a promoção porque não se candidatou; às vezes é verdade o provérbio: quem pelo alecrim passou e dele não colheu — oportunidade perdida.
Variações Sinónimos
- Quem passa pelo alecrim e não o colhe, ou nunca amou ou esqueceu o amor.
- Quem não aproveita a ocasião, ou nunca teve afeição ou já a esqueceu.
- Quem não colhe o alecrim mostra desinteresse ou esquecimento.
Relacionados
- Quem não arrisca não petisca
- Mais vale um pássaro na mão do que dois a voar
- A ocasião faz o ladrão
Contrapontos
- Nem sempre recusar uma ocasião significa falta de afeto; pode ser prudência, respeito por limites ou razões práticas.
- Apanhar tudo o que aparece nem sempre é aconselhável — avaliar consequências e ética também conta.
Equivalentes
- English
He who passes by the rosemary and does not pick it either never loved or has forgotten his loves. - Español
Quien pasa junto al romero y no lo recoge, o nunca amó o lo ha olvidado. - Français
Qui passe près du romarin et ne le cueille pas n'a jamais aimé ou en a oublié l'amour.