Do bom, tudo, e do ruim, nada.

Do bom, tudo, e do ruim, nada.
 ... Do bom, tudo, e do ruim, nada.

Aconselha aceitar ou aproveitar tudo o que é bom e rejeitar completamente o que é mau ou inútil.

Versão neutra

Aceita-se o que é bom e rejeita-se o que é mau.

Faqs

  • Quando é apropriado usar este provérbio?
    É apropriado ao dar conselhos práticos sobre escolhas (produtos, hábitos, métodos) quando se pode avaliar claramente o que é 'bom' e o que é 'ruim'.
  • O provérbio deve ser aplicado a pessoas?
    Com cautela: aplicar a pessoas pode ser redutor e injusto, porque ignora contextos e possibilidade de mudança ou melhoria.
  • Quais os riscos de seguir esta máxima à letra?
    Risco de simplificação excessiva, exclusão ou desperdício; pode impedir aproveitamento de aprendizagens oriundas do que inicialmente parece 'ruim'.

Notas de uso

  • Usa-se de forma figurada para indicar discrição na escolha: privilegiar o positivo e afastar o negativo.
  • Pode aplicar-se a bens materiais, conselhos, hábitos, relações ou produtos.
  • Registo frequentemente informal; usado em conversas, conselhos práticos e textos de opinião.
  • É simplificador: não considera nuances, oportunidades de aprendizagem ou utilidade temporária do 'ruim'.
  • Em contextos morais ou sociais, pode levar a julgamentos demasiado radicais se aplicado sem critério.

Exemplos

  • Ao comprar um telemóvel, aplicou a máxima 'do bom, tudo, e do ruim, nada' — escolheu só os modelos com boas avaliações.
  • Num projecto de equipa, o líder promoveu a ideia de reforçar práticas eficazes e acabar com procedimentos ineficazes: do bom, tudo; do ruim, nada.

Variações Sinónimos

  • Do bom, tudo; do mau, nada.
  • Do que presta, tudo; do que não presta, nada.
  • Fica com o que vale, livra‑te do que não vale.

Relacionados

  • Nem tudo o que reluz é ouro (avisa contra julgamentos apenas pela aparência).
  • Quem tudo quer, tudo perde (sugere moderação nos desejos).
  • Não se deve desprezar (relacionado à ideia de não rejeitar tudo sem exame).

Contrapontos

  • Nem sempre o 'ruim' é inútil — erros e críticas podem ser fonte de aprendizagem.
  • Aplicado literalmente, pode justificar exclusão social ou desperdício (descartar em vez de reparar).
  • Há situações em que aceitar algo 'ruim' a curto prazo é estratégico (compromisso, tolerância provisória).

Equivalentes

  • Inglês
    Keep the good, throw away the bad.
  • Espanhol
    De lo bueno, todo; de lo malo, nada.
  • Francês
    Du bon, tout ; du mauvais, rien.
  • Italiano
    Del buono, tutto; del cattivo, niente.