Nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.
Afirma que a matéria (e, de modo geral, a energia ou propriedades) não desaparece, apenas muda de forma — aplicada tanto em ciência como em uso metafórico sobre mudança e transformação.
Versão neutra
A matéria e a energia não se perdem; apenas mudam de forma.
Faqs
- Quem disse 'Nada se cria, nada se perde, tudo se transforma'?
A formulação moderna é geralmente atribuída ao químico Antoine Lavoisier, que a expressou no século XVIII ao enunciar o princípio da conservação da massa. - O provérbio é sempre correcto cientificamente?
É correto no contexto da conservação da massa em reacções químicas fechadas. Na física relativista, massa e energia são intercambiáveis (E=mc²), pelo que é necessária precisão conceptual. - Como posso usar este provérbio no dia a dia?
Use-o para ilustrar ideias de reciclagem, reaproveitamento, transformação de materiais ou a contínua reinterpretação de ideias e tradições culturais. - Tem aplicação fora da ciência?
Sim. Serve como metáfora em ecologia, economia circular, criatividade, história e debates sociais sobre como elementos se transformam em vez de desaparecerem.
Notas de uso
- Em contexto científico clássico refere-se à conservação da massa nas reacções químicas (química clássica).
- No âmbito da física moderna há nuances: a massa e energia são equivalentes (E=mc²), pelo que a formulação exige precisão segundo o quadro teórico usado.
- Como figura de linguagem é usada para enfatizar que algo não é aniquilado, mas convertido, reaproveitado ou transformado (p. ex., ideias, materiais, impacto).
- Utilizado em campanhas de reciclagem, debates ambientais, economia circular e em reflexões sobre criatividade e herança cultural.
Exemplos
- Na reciclagem de plástico, o princípio 'nada se cria, nada se perde, tudo se transforma' sublinha que os materiais podem ser reprocessados em novos produtos.
- Quando explico a conservação da massa aos alunos, digo que, numa reacção química fechada, a massa total dos reagentes é igual à massa total dos produtos — nada se perde, tudo se transforma.
- Usou o provérbio para lembrar que as ideias antigas raramente desaparecem por completo; são reinterpretadas e transformadas por gerações subsequentes.
Variações Sinónimos
- Rien ne se perd, rien ne se crée, tout se transforme (francês original)
- Nada se cria, nada se perde, tudo se altera
- Nada se perde, tudo se transforma
- Nada se cria, tudo se transforma
Relacionados
- Panta rhei (Heráclito) — tudo flui / tudo muda
- Não há nada de novo debaixo do sol (Eclesiastes) — ideia de repetição e transformação cultural
- Princípio da conservação da massa/energia
- Economia circular (reutilização e transformação de materiais)
Contrapontos
- Na física moderna a massa pode converter-se em energia e vice‑versa (E=mc²), pelo que a formulação literal exige contexto: não é universalmente precisa sem clarificação.
- Em sistemas abertos, matéria e energia entram e saem, logo a ideia exige especificação sobre limites do sistema (p. ex., reacção fechada).
- Como metáfora, pode ser usada de forma exagerada para justificar a perda ou transformação de responsabilidades ou de bens sem considerar efeitos irreversíveis (p. ex., extinção de espécies).
Equivalentes
- francês
Rien ne se perd, rien ne se crée, tout se transforme. - inglês
Nothing is lost, nothing is created, everything is transformed. - espanhol
Nada se crea, nada se pierde, todo se transforma. - alemão
Nichts geht verloren, nichts entsteht, alles verwandelt sich. - italiano
Nulla si crea, nulla si distrugge, tutto si trasforma.