Do couro sai a correia

Do couro sai a correia.

Os resultados ou características remetem à sua origem: aquilo que se obtém advém da matéria‑prima, da família ou do contexto de origem.

Versão neutra

Da origem vem o resultado

O que significa concretamente este provérbio?
Significa que o que se obtém (resultado, comportamento, produto) tem relação directa com a sua origem, matéria‑prima ou ambiente.
Quando é apropriado usá‑lo?
Em contextos informais ou em observações sobre continuidade de características entre origem e resultado; em textos que citem sabedoria popular.
O provérbio implica que não existe mudança possível?
Não necessariamente; é uma generalização útil mas limitada — educação, esforço e circunstâncias podem alterar expectativas baseadas na origem.

Uso literal: refere‑se ao trabalho com couro — a correia é feita do couro; sublinha a relação direta entre matéria‑prima e produto.
Uso figurado: aplicado a pessoas ou situações para dizer que traços, comportamentos ou resultados vêm da origem (ex.: família, formação, ambiente).
Registo: informal e proverbial; apropriado em conversas coloquiais, textos de carácter reflexivo ou jornalístico que citem sabedoria popular.
Tom e cautela: pode ser usado explicativamente, mas evite generalizações ofensivas quando se refere a pessoas (pode soar a determinista).

Quando o negócio vai mal por falta de matéria‑prima de qualidade, não admira — do couro sai a correia.
Percebe‑se porque ele age assim: cresceu num ambiente idêntico; do couro sai a correia.
Não esperes que um produto feito com materiais fracos tenha aparência de topo — do couro sai a correia.

Mobilidade social e educação mostram que a origem não determina sempre o resultado; pessoas mudam de trajectória.
Existem exceções: talento individual, esforço, oportunidade e formação podem contrariar a origem.
No mundo moderno há substitutos e sintéticos: nem sempre o produto depende da matéria‑prima original (ex.: couro sintético).