Donde se tira e não se põe, míngua faz.

Se se remove algo sem o repor, acaba por haver escassez.

Versão neutra

O que se retira e não se repõe acaba por escassear.

Qual é a ideia central deste provérbio?
A mensagem central é que a retirada contínua de algo sem reposição conduz à escassez; sublinha a importância de repor recursos para manter o equilíbrio.
Em que contextos posso usar este provérbio?
Pode ser usado em gestão doméstica, finanças pessoais, administração, conservação ambiental e qualquer situação em que se retire um recurso sem o substituir.
É sempre verdadeiro que retirar sem repor causa escassez?
Não necessariamente: depende do tipo de recurso (renovável vs não renovável), da escala da retirada e da existência de mecanismos de reposição natural ou artificial.

Aplicável a recursos materiais (dinheiro, alimentos, matéria‑prima) e a bens imateriais (tempo, atenção).
Usa‑se em contextos de gestão doméstica, finanças, administração pública e sustentabilidade ambiental.
Transmite um aviso prático sobre manutenção e reposição: evitar retirar sem compensar.
Tomar em consideração a renovabilidade do recurso: nem sempre a retirada leva inevitavelmente à míngua (p. ex. recursos infinitos ou devidamente repostos).

Se todos tirarem água do poço e ninguém a repuser, o nível baixa e a comunidade fica sem água — donde se tira e não se põe, míngua faz.
No orçamento da empresa cortaram custos sem investir em manutenção; passado um ano houve avarias graves. Donde se tira e não se põe, míngua faz.
Gastámos as reservas do celeiro sem semear para a próxima estação; agora falta comida. Donde se tira e não se põe, míngua faz.

Se o que se retira é renovável e é reposto naturalmente, não haverá míngua (ex.: alguns recursos renováveis bem geridos).
Em situações de abundância temporária, retirar sem repor pode não causar escassez imediata, embora aumente o risco a médio/longo prazo.
Investimento estratégico pode justificar retirada actual se houver reposição futura planeada.