Dor de barriga não dá uma vez só.
Os problemas ou incómodos tendem a repetir-se ou a vir em cadeia, não surgindo apenas uma única vez.
Versão neutra
Um problema raramente acontece apenas uma vez.
Faqs
- O que significa este provérbio?
Significa que é comum os problemas surgirem mais do que uma vez ou virem acompanhados de outras dificuldades; é uma observação sobre a tendência para a repetição ou acumulação de contratempos. - Quando é apropriado usá-lo?
Quando se quer alertar para a possibilidade de recorrência de um problema ou comentar que um primeiro incidente costuma desencadear outros — em tom preventivo, resignado ou humorístico, conforme o contexto. - É ofensivo ou sensível?
Não; é um provérbio geral sem conotação ofensiva. No entanto, em situações de saúde, é preferível adotar uma abordagem séria e procurar ajuda profissional. - Tem origem conhecida?
Não há registo de origem precisa; trata‑se de expressão de sabedoria popular transmitida oralmente.
Notas de uso
- Geralmente usado de forma figurada para avisar que uma dificuldade é provável que volte a ocorrer ou que traz consequências adicionais.
- Pode aplicar-se a contratempos materiais, problemas de saúde recorrentes ou situações que desencadeiam outros problemas.
- Usado em conversas informais; tom pode variar entre preventivo, resignado ou humorístico, consoante o contexto.
- Pode também ser tomado literalmente (referindo-se a dores de barriga que se repetem), pelo que o contexto clarifica o sentido.
Exemplos
- Trocámos a válvula do pneu, mas depois furou outro; já dizia a avó, 'dor de barriga não dá uma vez só'.
- Depois do primeiro atraso no pagamento, vieram mais multas — é a prova de que dor de barriga não dá uma vez só.
- Quando a equipa começou a perder jogadores por lesão, surgiram mais contratempos; convém lembrar que dor de barriga não dá uma vez só.
Variações Sinónimos
- As desgraças não vêm só
- Quando começa, costuma não parar
- Uma coisa puxa a outra
- Chuva que vem, não vem só
Relacionados
- Chove sobre molhado (problemas acumulam-se)
- Uma coisa puxa a outra (cadeia de efeitos)
- Jamais dois sem três (expectativa de repetições)
Contrapontos
- Nem todos os problemas se repetem: há eventos pontuais que não voltam a ocorrer.
- Usar o provérbio em excesso pode promover pessimismo ou fatalismo perante situações que podem ser resolvidas.
- Em contexto médico, dores recorrentes exigem avaliação clínica em vez de interpretação apenas proverbial.
Equivalentes
- Inglês
When it rains, it pours / Misfortunes never come singly - Espanhol
Las desgracias nunca vienen solas - Francês
Les malheurs ne viennent jamais seuls - Alemão
Unglück kommt selten allein - Italiano
Le disgrazie non vengono mai da sole