A barriga não tem fiador

A barriga não tem fiador.
 ... A barriga não tem fiador.

Cada pessoa é responsável pelas suas necessidades básicas — ninguém pode garantir ou pagar pela «barriga» de outrem.

Versão neutra

Cada pessoa é responsável por suprir as suas necessidades básicas; não há garantia de que outros o façam.

Faqs

  • Quando devo usar este provérbio?
    Use-o em contextos informais para salientar responsabilidade pessoal pelo sustento ou para aconselhar alguém a não depender apenas da ajuda alheia.
  • É um provérbio rude ou ofensivo?
    Não é intrinsecamente ofensivo, mas pode soar insensível se usado perante quem enfrenta dificuldades reais. O tom e o contexto influenciam a perceção.
  • Tem origem documentada?
    Não há origem documentada precisa; trata‑se de um provérbio popular com uso corrente em comunidades de língua portuguesa.
  • O provérbio justifica falta de solidariedade?
    Não necessariamente; serve sobretudo para sublinhar responsabilidade individual, mas a sua aplicação absoluta pode ser moralmente discutível em contextos de vulnerabilidade.

Notas de uso

  • Usa-se em contexto informal para sublinhar responsabilidade pessoal por comida, despesas ou sustento.
  • Pode ter tom admonitório (conselho) ou resignado (constatação de que não há ajuda), dependendo do contexto e da entoação.
  • Não é uma expressão jurídica; refere-se a responsabilidades práticas e morais, não a garantias formais.
  • Em debates sobre solidariedade social, o provérbio pode ser invocado como crítica a expectativas irreais de auxílio individual.

Exemplos

  • Quando o filho lhe pediu mais ajuda com as contas, o pai respondeu: «A barriga não tem fiador — tens de arranjar uma solução.»
  • Num tom de aviso, a vizinha disse: «Não contes com a caridade dos outros para sempre; a barriga não tem fiador.»

Variações Sinónimos

  • A barriga não tem padrinho
  • A fome não espera por fiador
  • Cada um por si (em contexto de sustento)

Relacionados

  • Cada um por si
  • Ninguém dá nada a ninguém
  • Quem não trabalha, não come (variação sobre responsabilidade)

Contrapontos

  • Em sociedades com sistemas de proteção social, o provérbio pode ser relativizado: o Estado ou a comunidade assumem parte da garantia do sustento.
  • Interpretá-lo de forma absoluta pode justificar falta de solidariedade; há situações (doença, crise) em que a ajuda externa é necessária e legítima.
  • Como conselho prático, reforça autosuficiência; como regra moral, pode ser visto como insensível perante vulnerabilidades alheias.

Equivalentes

  • es
    La barriga no tiene fiador (equivalente literal usado regionalmente)
  • en
    There is no guarantor for the belly (literal equivalent); conveys self‑responsibility for sustenance
  • fr
    La faim n'a pas de garant (equivalent approximatif exprimindo a mesma ideia)