Dos poderosos pouco se pode esperar

Expressa desilusão ou falta de confiança na vontade ou na capacidade dos que detêm poder para agir em benefício dos mais fracos.

Versão neutra

Não é sensato contar com que os detentores do poder resolvam os problemas dos mais desfavorecidos.

Significa que todos os poderosos são maus?
Não. O provérbio exprime desconfiança generalizada na tendência dos poderosos a priorizar interesses próprios, não uma condenação absoluta de todas as pessoas em posição de poder.
Quando é apropriado usar este provérbio?
Em discussões sobre política, justiça social ou organização institucional, quando se quer enfatizar que não se deve depender exclusivamente da boa vontade dos que têm poder.
É adequado em contextos formais?
Sim, mas convém optar por uma formulação mais neutra ou explicativa numa comunicação formal, para evitar soar simplista ou excessivamente crítico.
Como responder à atitude que o provérbio descreve?
Promovendo acção própria, fiscalização democrática, organização comunitária e mecanismos de responsabilização para reduzir dependência de decisões dos poderosos.
Qual é a origem do provérbio?
A origem específica não é conhecida; trata‑se de uma formulação popular que resume a experiência histórica de desilusão perante elites e estruturas de poder.

Usa‑se para aconselhar prudência: não contar com a intervenção benéfica dos poderosos.
Frequentemente aplicado em contextos políticos, sociais e laborais para criticar passividade ou interesse próprio das elites.
Tom e registo: pode ser usado de forma crítica em textos de opinião ou coloquialmente; em contextos formais, prefira uma formulação mais cuidada.
Não implica que todos os indivíduos poderosos sejam incapazes de agir; é uma generalização útil para enfatizar a necessidade de ações próprias e de fiscalização.

Quando se discutiu o apoio às pequenas empresas, muitos lembraram: dos poderosos pouco se pode esperar, por isso organizámo‑nos para agir localmente.
Ela explicou que, por experiência, não pediria ajuda à administração central — dos poderosos pouco se pode esperar — e preferiu procurar soluções comunitárias.

Existem casos em que instituições ou líderes agem eficazmente em prol do bem comum.
A ação colectiva, a vigilância democrática e a responsabilização podem obrigar os poderosos a cumprir promessas.
Generalizações podem ocultar exceções e desincentivar parcerias necessárias com entidades públicas ou privadas.