É bem o que acaba bem

É bem o que acaba bem.

Expressa a ideia de que um desfecho favorável torna aceitáveis ou faz esquecer dificuldades e erros ocorridos durante o processo.

Versão neutra

Considera-se bom aquilo que termina bem.

O que quer dizer exactamente este provérbio?
Significa que um resultado final favorável tende a fazer esquecer ou minimizar dificuldades, erros ou sofrimentos ocorridos durante o processo.
Pode ser usado para justificar meios inadequados?
Não; apesar de o provérbio valorizar o desfecho, ele não constitui justificação ética para meios imorais ou ilegais.
Qual é a sua origem?
A expressão em português é um provérbio popular; está ligada à fórmula latina 'Finis coronat opus' e ao inglês 'All's well that ends well' (associado a Shakespeare), mas a transição exacta para o uso corrente em português não é documentada com precisão.
Em que contextos é apropriado usar este provérbio?
É apropriado em conversas informais para exprimir alívio por um bom desfecho e, por vezes, ironicamente. Evite-o como argumento em debates éticos, legais ou quando se pretende reconhecer prejuízos sofridos.

Usa-se para exprimir alívio ou satisfação quando um resultado final é positivo apesar de problemas prévios.
Pode aparecer em registo coloquial e em textos literários; também é usado de forma irónica.
Não é um argumento válido para justificar meios imorais — é um comentário sobre perceção do resultado, não uma regra ética.
Ao utilizá-lo em contexto profissional ou jurídico, convém evitar interpretações que minimizem prejuízos reais sofridos.

A festa teve contratempos e atrasos, mas acabou por correr bem — é bem o que acaba bem.
Apesar dos problemas durante a obra, o edifício ficou seguro e funcional; no fim, disseram: 'é bem o que acaba bem'.
Usou-se o provérbio ironicamente quando o projeto foi concluído com sucesso, apesar das críticas iniciais.

O fim não justifica os meios — crítica ética que rejeita justificar ações injustas com base no resultado.
Um resultado positivo não apaga danos causados a terceiros durante o processo.
Confundir alívio pessoal com justiça ou reparação pode levar a decisões injustas.