É má a ave que em seu ninho caga.
Critica quem prejudica ou seja ingrato para com o próprio lar, grupo ou instituição a que pertence.
Versão neutra
É má a ave que estraga o próprio ninho
Faqs
- O que quer dizer este provérbio?
Significa que é censurável prejudicar ou mostrar ingratidão para com o próprio lugar, grupo ou quem nos tem beneficiado. - Posso usar este provérbio em contexto formal?
Recomendável evitar em contextos formais pela linguagem vulgár; prefira uma versão neutra como 'é má a ave que estraga o próprio ninho' ou uma formulação diferente. - É sempre válido chamar alguém de 'mau' por criticar o seu grupo?
Não. Nem toda crítica interna é maliciosa; por vezes é necessária para corrigir erros. Avalie a intenção e o contexto antes de aplicar o provérbio. - Este provérbio é usado apenas em Portugal?
Não; trata‑se de um provérbio de tradições ibéricas e a ideia existe em várias línguas com fórmulas semelhantes.
Notas de uso
- Usa‑se para censurar atitudes de ingratidão, deslealdade ou prejuízo infligido ao próprio meio.
- Registo coloquial; a palavra 'caga' é vulgár e pode soar ofensiva em contextos formais.
- Pode referir‑se tanto a actos concretos (danificar propriedade) como a comportamentos sociais (difamar quem nos protege).
- Nem sempre é apropriado: críticas internas podem ser necessárias para corrigir problemas; use com cuidado.
Exemplos
- Depois de a funcionária ter divulgado segredos da empresa para se favorecer, o supervisor comentou: «É má a ave que em seu ninho caga».
- Quando um morador polui a zona comum do prédio e reclama depois das más condições, os vizinhos disseram que 'é má a ave que em seu ninho caga'.
- Se alguém critica constantemente a associação enquanto aceita os seus benefícios, costuma ouvir‑se este provérbio.
Variações Sinónimos
- É má a ave que no seu ninho caga
- Pássaro que suja o próprio ninho
- Quem suja a própria casa, é mau
- Não se estraga o próprio lar
Relacionados
- Não morder a mão que te dá de comer
- Não cuspir no prato onde comes
- Quem serve, não desdenha
Contrapontos
- Criticar problemas internos pode ser necessário para melhorar o grupo; apontar falhas não é automaticamente ingratidão.
- Em situações de abuso ou corrupção, denunciar internamente pode proteger o colectivo, pelo que rotular o denunciante como 'mau' pode silenciar questões legítimas.
- O provérbio simplifica relações complexas: nem toda crítica interna implica intenção malévola.
Equivalentes
- inglês
It's a bad bird that fouls its own nest (equivalente literal) — usado de forma semelhante a 'Don't bite the hand that feeds you' para indicar ingratidão. - espanhol
Mala es el ave que en su nido se caga (variante literal); também se usa el dicho 'No morder la mano que te da de comer'. - francês
C'est un mauvais oiseau qui souille son propre nid (equivalente literal); sentido próximo a «Il ne faut pas mordre la main qui te nourrit». - alemão
Es ist ein schlechtes Vögelchen, das sein eigenes Nest beschmutzt (equivalente literal); sentido semelhante a 'Beiß nicht die Hand, die dich füttert'.