É melhor deitar sem ceia que levantar com dívidas.
Aconselha a evitar gastar mais do que se tem e a preferir privar‑se agora do que ficar endividado depois.
Versão neutra
É preferível abster‑se de um consumo imediato do que contrair dívidas que causam problemas posteriormente.
Faqs
- O que exactamente quer dizer este provérbio?
Significa que é preferível evitar um gasto imediato ou um prazer momentâneo se isso implicar ficar endividado; valoriza a prudência financeira. - Devo aplicar este provérbio a todas as dívidas?
Não necessariamente. O provérbio refere‑se sobretudo a dívidas de consumo evitáveis. Dívidas para habitação, educação ou investimentos que geram retorno podem ser razoáveis. - Como usar este provérbio numa conversa moderna?
Usa‑o para aconselhar poupança e moderação: por exemplo, quando alguém pensa comprar algo supérfluo a crédito, pode dizer‑se o provérbio como aviso prudente.
Notas de uso
- Usa‑se como conselho prudencial sobre finanças pessoais e moderação no consumo.
- Tomada em contexto coloquial, familiar ou comunitário; registo popular e proverbial.
- Não é uma regra económica rígida — aplica‑se sobretudo a gastos supérfluos, não a empréstimos para investimentos necessários.
- Pode ser usada de forma figurada para falar de qualquer sacrifício presente para evitar consequências piores no futuro.
Exemplos
- Quando pensavam comprar a nova televisão a crédito, o avô lembrou: «É melhor deitar sem ceia que levantar com dívidas» e propôs poupar durante alguns meses.
- Ela decidiu adiar as férias este ano; preferiu cumprir as prestações do empréstimo da casa — afinal, é melhor deitar sem ceia que levantar com dívidas.
Variações Sinónimos
- Mais vale poupar hoje do que pagar dívidas amanhã.
- Antes sem luxo do que com dívidas.
- Melhor privar‑se agora do que sofrer depois.
Relacionados
- Mais vale prevenir do que remediar.
- Quem muito quer, pouco tem.
- Não se deve viver acima das possibilidades.
Contrapontos
- Contrair dívida pode ser justificável para financiar habitação, formação ou um negócio com retorno esperado; o provérbio não distingue entre dívida prudente e dívida de consumo.
- Poupanças excessivas que impedem investimentos necessários também podem ser prejudiciais (ex.: adiar cuidados de saúde).
- Em contextos onde o crédito é a única forma de aceder a bens essenciais, aplicar o provérbio à letra pode ser injusto ou impraticável.
Equivalentes
- inglês
Better to go to bed supperless than to rise in debt. - espanhol
Más vale acostarse sin cenar que levantarse con deudas. - francês
Il vaut mieux se coucher sans souper que se lever endetté. - alemão
Lieber ohne Abendessen ins Bett gehen, als mit Schulden aufzustehen.