É preciso separar o joio do trigo

É preciso separar o joio do trigo.

É necessário distinguir e separar o que é valioso/útil daquilo que é inútil ou prejudicial.

Versão neutra

É necessário distinguir aquilo que é útil ou valioso daquilo que é inútil ou prejudicial.

Qual é a origem desta expressão?
Vem da parábola do joio e do trigo no Evangelho segundo Mateus (Mateus 13:24–30). A metáfora passou para o uso comum para indicar a necessidade de distinguir o bom do mau.
O que é o 'joio' referido no provérbio?
Joio refere‑se a uma erva daninha (historicamente, a gramínea Lolium temulentum ou ervas semelhantes) que cresce junto ao trigo e é considerada prejudicial ou inútil para a colheita.
Pode este provérbio ser ofensivo se aplicado a pessoas?
Sim. Aplicar‑o a grupos ou indivíduos sem critérios objectivos pode justificar exclusão ou estigmatização. Recomenda‑se cautela e transparência nos critérios de avaliação.
Como aplicar este princípio de forma prática?
Defina critérios claros e mensuráveis, reúna evidências, envolva pessoas independentes na avaliação e documente as decisões para evitar arbitrariedades.
Há variações desta expressão?
Sim. É comum ouvir a inversão 'separar o trigo do joio' ou equivalentes como 'separar o bom do mau' e 'fazer triagem'.

Usa‑se para defender a necessidade de triagem ou seleção em contextos práticos (qualidade, recrutamento, edição, moderação).
Também aparece em discursos morais ou políticos para justificar exclusões; nesse uso convém prudência para evitar discriminações arbitrárias.
Implica juízo crítico e critérios bem definidos: a expressão não valida decisões feitas sem prova ou transparência.
Pode ser usada de forma literal (agricultura/produção) ou figurada (conteúdo, pessoas, ideias).

Na revisão dos projectos, a equipa teve de separar o joio do trigo e ficar apenas com as propostas exequíveis.
Ao escolher as obras para a exposição, o curador procurou separar o joio do trigo com critérios artísticos e cronológicos claros.
Num processo de recrutamento, é fundamental separar o joio do trigo com entrevistas e testes objectivos para evitar contratações erradas.

Risco de uso abusivo: justificar exclusões com base em critérios subjectivos ou preconceituosos.
Decisões precipitadas podem eliminar diversidade ou opções promissoras ainda não amadurecidas.
Nem tudo é imediatamente distinguível; em contextos sociais e culturais, o que parece 'joio' pode revelar‑se valioso com outra perspectiva.