É raro o siso na prosperidade.

Quando as pessoas ou grupos alcançam prosperidade é comum perderem prudência e bom senso; a adversidade tende a ensaiar mais atenção e cuidado.

Versão neutra

A prosperidade raramente favorece o siso.

Quando é apropriado usar este provérbio?
Quando se quer chamar a atenção para comportamentos descuidados ou para a perda de prudência após ganhos ou sucesso, sobretudo em contextos de gestão, política ou finanças.
O provérbio significa que a riqueza torna as pessoas estúpidas?
Não literalmente. Indica uma tendência observada: a prosperidade pode gerar excesso de confiança e diminuir a cautela, mas não transforma todas as pessoas em incapazes de juízo.
Posso usar este provérbio num contexto profissional?
Sim, mas com cuidado. Em ambientes profissionais, convém apresentar provas ou exemplos concretos em vez de só recorrer ao provérbio, para evitar soar acusatório.
Existe um conselho prático derivado deste provérbio?
Sim: cultivar mecanismos de controle (consultoria externa, avaliação de riscos, contrapartes independentes) para manter a prudência mesmo em períodos de prosperidade.

Usa-se como advertência contra o excesso de confiança ou da complacência decorrente do sucesso.
Frequentemente aplicado em contextos económicos, políticos e pessoais para criticar decisões tomadas sem prudência após ganhos.
Pode ter tom moralizador; convém moderar o uso em debates profissionais para evitar parecer acusatório.
Não implica que a prosperidade torne todas as pessoas menos sensatas—é uma tendência observacional, não uma regra absoluta.

Desde que a empresa começou a lucrar, a equipa deixou de avaliar riscos com cuidado — é raro o siso na prosperidade.
Após ganhar o prémio, passaram a ignorar os conselhos dos colegas; este provérbio descreve bem essa atitude.
O novo ministro, rodeado de elogios, tomou decisões precipitadas; prova-se que é raro o siso na prosperidade.

A necessidade aguça o engenho. (contraponto: a adversidade fomenta a prudência e a criatividade)
Quem tudo tem não sabe o que fazer. (sobre excesso e desorientação)
A riqueza tem amigos, a pobreza mostra quem são. (sobre mudanças de comportamento com a fortuna)

A prosperidade também pode permitir educação, reflexão e maior capacidade de planeamento — o grau de siso depende de como se gere o sucesso.
Existem pessoas e instituições que, com prosperidade, adotam mais prudência por terem melhor acesso a informação e especialistas.
A observação do provérbio reflecte tendências sociais; não deve servir para desvalorizar quem alcança sucesso legítimo.