Em rio quedo não metas o dedo

Em rio quedo não metas o dedo.

Aconselha a não mexer em algo que está calmo ou a correr bem, porque a intervenção pode causar problemas desnecessários.

Versão neutra

Não te intrometas numa situação calma; ao mexer pode causar problemas.

Quando devo usar este provérbio?
Usa‑o para alertar alguém contra intervenções desnecessárias que provavelmente complicarão uma situação que está a correr bem.
Significa que nunca se deve intervir?
Não. O provérbio é um conselho geral sobre prudência; não se aplica quando a inação perpetua dano, risco ou injustiça — nesses casos, intervir é apropriado.
Há variações comuns deste provérbio?
Sim — expressões como 'não acordes o cão que dorme' ou 'deixa estar' transmitem ideia semelhante.

Usa-se para advertir contra intervenções desnecessárias ou curiosidade imprudente.
Tom e registo: informal a coloquial; funciona bem em conversas familiares ou aconselhamentos práticos.
Pode ter sentido irónico quando alguém faz exactamente o contrário e causa confusão.
Não é regra absoluta — não se aplica quando a inação perpetua dano, injustiça ou risco.
Evita ser usado para justificar passividade perante situações de abuso ou perigo.

O projecto estava a correr bem até o novo chefe quis experimentar outra abordagem — lembrei‑lhe: 'Em rio quedo não metas o dedo.'
Quando viste a discussão acalmada, disseste‑lhe para não provocar mais temas; era mesmo caso de 'em rio quedo não metas o dedo'.
O mecânico disse para não mexer naquela peça que ainda funcionava bem: 'Em rio quedo não metas o dedo' — deixámo‑la assim.

Quando a situação é injusta ou perigosa, a intervenção é necessária e moralmente exigida.
Em contextos de melhoria contínua, mexer pode ser útil para otimizar processos — cuidado com o fatalismo do provérbio.
Quando a calma é fruto de negligência, a intervenção corrige problemas antes que piorem.