Em sítio de pobre, o chuvisco é temporal.

Em lugares ou situações de carência, um problema pequeno tende a ser vivido ou percebido como uma grande adversidade.

Versão neutra

Num lugar de carência, um pequeno problema é vivido como grande.

O que significa este provérbio de forma simples?
Significa que uma pequena contrariedade tem consequências maiores para quem tem poucos recursos ou vive em condições precárias.
Quando é adequado usá‑lo?
Quando se quer apontar desigualdade de impacto entre pessoas ou sublinhar que um problema insignificante para uns pode ser sério para outros.
Não é pejorativo referir 'pobre' no provérbio?
O provérbio descreve uma realidade social: convém usá‑lo com cuidado para evitar estigmatizar e reconhecer a dimensão estrutural da pobreza.
Há exemplos atuais de aplicação?
Sim — em debates sobre cortes sociais, faturas de energia, ou pequenas avarias que, por falta de meios, geram crises familiares.

Usa‑se para sublinhar que a mesma dificuldade tem impacto diferente conforme os recursos ou a resiliência de quem a enfrenta.
Serve para comentar desigualdades: coisas que são inconvenientes para alguns podem ser desastrosas para outros.
Pode aparecer em tom crítico quando se quer chamar à atenção para a necessidade de apoio a quem tem menos.

Quando o motor do carro avariou, pensámos que era um contratempo; para o vizinho que mal tem para a manutenção, 'em sítio de pobre, o chuvisco é temporal' — uma despesa pequena pode ser uma crise.
Ao discutir cortes no orçamento municipal, alguém comentou que para as famílias mais desfavorecidas até uma redução mínima de benefícios confirma que 'em sítio de pobre, o chuvisco é temporal'.

Nem sempre a pobreza faz de cada problema uma catástrofe; comunidades com poucos meios podem desenvolver formas de apoio mútuo e resiliência.
Riqueza não garante imunidade: para alguns, um pequeno contratempo também pode ter grande impacto emocional ou material.