Entre a boca e a mão, vai o bocado ao chão.

Entre a boca e a mão, vai o bocado ao chão.
 ... Entre a boca e a mão, vai o bocado ao chão.

Não garanteres algo antes de o teres concretamente — imprevistos podem anular um resultado já quase obtido.

Versão neutra

Não contes com algo até que o tenhas realmente nas tuas mãos.

Faqs

  • Quando devo usar este provérbio?
    Use‑o para avisar alguém que está a assumir um resultado antes de este estar definitivamente assegurado, como antes de um pagamento ser confirmado ou de uma presença ser verificada.
  • Tem origem conhecida?
    É um provérbio popular de origem incerta; variações semelhantes existem em várias línguas, indicando longa circulação oral.
  • É demasiado pessimista para qualquer situação?
    Não necessariamente; serve como lembrete de prudência. Em contextos que exigem confiança mútua ou quando os riscos são mínimos, pode ser excessivo.

Notas de uso

  • Usado para advertir contra celebrações ou expectativas prematuras quando o resultado ainda não é definitivo.
  • Registo: coloquial e proverbial; adequado em conversas informais e conselhos práticos.
  • Aplica-se a situações práticas (entregas, transferências, pagamentos) e a resultados incertos (competições, decisões).
  • Pode empregar-se com ironia para realçar que um sucesso anunciado falhou no último momento.

Exemplos

  • Ela já estava a escolher a roupa para a festa, mas eu disse‑lhe: 'Entre a boca e a mão vai o bocado ao chão' — ainda não confirmou a presença.
  • O contrato parecia garantido, mas falaram com outro fornecedor; é a confirmação final que conta, como diz o provérbio.

Variações Sinónimos

  • Não cantes vitória antes da hora.
  • Não vendas a pele do urso antes de o matar.
  • Não contes com o ovo antes da galinha chocar.

Relacionados

  • Não cantes vitória antes da hora.
  • Mais vale prevenir do que remediar.
  • Não vendas a pele do urso antes de o matar.

Contrapontos

  • Quando o resultado depende de processos garantidos (por exemplo, confirmação bancária já efetuada) a advertência perde relevância.
  • Em contextos em que se exige confiança para avançar (negócios que requerem compromisso mútuo), excesso de prudência pode ser contraproducente.
  • Em situações de celebração controlada e com risco aceitável, insistir na cautela pode ser desmotivador.

Equivalentes

  • Inglês
    There's many a slip 'twixt cup and lip.
  • Espanhol
    Entre la boca y la mano se cae el bocado.
  • Francês
    Il y a loin de la coupe aux lèvres.
  • Italiano
    Tra il dire e il fare c'è di mezzo il mare.