Observação de que quem dá ou recebe ajuda tende a privilegiar o próprio círculo; crítica ao favoritismo ou à circulação de bens dentro de redes próximas.
Versão neutra
Quem recebe/esmolou de Mateus, acaba por beneficiar o seu próprio círculo.
Faqs
Quando se usa este provérbio? Usa‑se para criticar ou notar que ajudas, favores ou recursos são preferencialmente destinados ao círculo íntimo do doador ou do responsável pela distribuição.
É ofensivo dizer isto a alguém? Pode ser interpretado como acusação de parcialidade ou corrupção; em contexto formal convém evitar a expressão sem provas.
Tem origem regional ou histórica conhecida? Não há origem documentada disponível nesta entrada. O provérbio usa um nome próprio (Mateus) como figura representativa, prática comum em ditados populares.
Notas de uso
Usa‑se para apontar parcialidade ou nepotismo na distribuição de favores ou recursos.
Pode referir‑se tanto ao doador (que favorece os seus) como ao receptor (que aproveita para beneficiar o seu grupo).
Tem tom crítico e costuma ser usado em contextos informais ou coloquiais; evita‑se em declarações formais sem evidência.
Exemplos
Quando a junta recebeu aquela ajuda externa, logo se percebeu: esmolando Mateus, esmolou para os seus — as verbas foram para conhecidos do presidente.
Não esperes que a contribuição seja repartida de forma imparcial; esmolando Mateus, esmolou para os seus e o resto ficou por distribuir.
Variações Sinónimos
Esmola de Mateus vai para os seus
Quem dá, dá aos seus
A ajuda volta sempre ao mesmo círculo
Relacionados
Favoritismo
Nepotismo
Rede de clientelismo
Caridade reservada ao próprio círculo
Contrapontos
Caridade imparcial e transparência na distribuição de recursos
Princípio de que a ajuda deve ser destinada aos mais necessitados, independentemente de laços pessoais
Mecanismos de controlo para evitar favorecimentos (auditorias, critérios públicos)
Equivalentes
inglês Charity begins at home
espanhol La caridad empieza por casa
francês La charité bien ordonnée commence par soi‑même