Faça seu sermão, mas não bata no púlpito.
Diz para transmitir a crítica ou conselho, mas sem atacar ou destruir a autoridade, o meio ou o veículo que serve de suporte à mensagem.
Versão neutra
Apresente a sua crítica, mas não destrua o meio que a permite.
Faqs
- Quando posso usar este provérbio?
Quando se quer incentivar alguém a criticar ou corrigir algo sem atacar a instituição, a forma de comunicação ou as pessoas responsáveis pelo canal. - O provérbio implica conivência com o instrumento que recebe críticas?
Não necessariamente; recomenda prudência na forma de criticar. Em situações extremas, desmontar o instrumento pode ser legítimo, mas a expressão aconselha evitar ataques destrutivos e pessoais como primeira opção. - É apropriado em ambientes profissionais?
Sim. Serve como lembrete para separar a mensagem do meio e para criticar de forma construtiva sem prejudicar canais de trabalho ou reputações necessárias.
Notas de uso
- Usa-se quando se quer avisar alguém para criticar ideias ou comportamentos sem agredir a instituição, a forma ou as pessoas que possibilitaram a comunicação.
- Tom aconselhável: moderado e prudente; aplica-se tanto a contextos pessoais como profissionais e institucionais.
- Registo: coloquial/informal; facilmente compreendido em conversas sobre comunicação e liderança.
Exemplos
- O presidente explicou os erros cometidos, mas lembrou: faça seu sermão, mas não bata no púlpito — precisamos da imprensa para divulgar as mudanças.
- Na reunião de equipa, podes apontar falhas e sugerir melhorias; lembra-te: faz o teu sermão, mas não partas o púlpito.
Variações Sinónimos
- Faça o seu discurso, não destrua o púlpito
- Diz o que tens a dizer, mas não ataques a fonte
- Não mates o mensageiro (variante de sentido próximo)
Relacionados
- Não mates o mensageiro
- Fala com franqueza, mas com respeito
- Quem fala muito erra — usa a prudência
Contrapontos
- Quando o instrumento é corrupto ou nocivo, pode ser necessário desmontá-lo em vez de preservá‑lo (justificação para ações mais radicais).
- Protecção do meio pode preservar injustiças; portanto, a crítica aplicada apenas ao conteúdo, não à estrutura, pode ser insuficiente.
Equivalentes
- Inglês
Don't shoot the messenger. (Não culpes o meio pela mensagem) - Espanhol
No mates al mensajero. (Variante próxima em sentido)