Farás primeiro aos meus, depois aos alheios.
Priorizar a ajuda ou favores para com os que nos são próximos (família, amigos) antes de os prestar a estranhos.
Versão neutra
Ajuda primeiro quem te é mais próximo e depois os outros.
Faqs
- Quando é apropriado usar este provérbio?
É apropriado quando se quer justificar a prioridade a dar a familiares ou compromissos íntimos, especialmente em contextos informais ou pessoais. - O provérbio legitima o nepotismo?
Por si só não legitima; serve como racionalização de prioridades pessoais. Em contextos profissionais ou públicos, priorizar apenas os 'meus' pode constituir nepotismo e ser criticável. - É um provérbio moral ou pragmático?
Pode ser ambos: moral ao sublinhar deveres para com os próximos; pragmático ao orientar gestão de recursos e tempo.
Notas de uso
- Usa-se para justificar que se deve atender primeiro às responsabilidades familiares ou aos compromissos para com o próprio grupo.
- Pode aparecer num registo coloquial ou em discussões sobre distribuição de recursos; o tom pode ser justificativo ou crítico.
- Não é um absolvição ética universal — em contextos formais ou quando há deveres públicos, priorizar apenas os 'meus' pode ser visto como nepotismo ou injustiça.
- Pode servir tanto como orientação prática (gestão de tempo e recursos) como argumento moral (deveres primários).
Exemplos
- Ao distribuir as prendas, decidiu: farás primeiro aos meus, depois aos alheios — começou por dar aos filhos e só depois aos colegas.
- Numa discussão sobre voluntariado, Maria explicou que, por agora, faria primeiro aos seus: tem de assegurar o apoio à família antes de aceitar compromissos externos.
- O gestor justificou a promoção: preferi apoiar primeiro os do meu departamento, depois considerar os restantes candidatos.
Variações Sinónimos
- A caridade começa em casa.
- Ajuda primeiro os teus, depois os outros.
- Começa por casa.
Relacionados
- Fazer o bem sem olhar a quem (contraponto que defende imparcialidade)
- Quem parte e reparte, fica com a melhor parte (sobre favorecimento)
- A quem muito tem, muito se exige (sobre responsabilidades proporcionais)
Contrapontos
- Fazer o bem sem olhar a quem — defende ajudar sem distinguir proximidades.
- A justiça é cega — princípio que exige tratamento igual, independentemente de laços pessoais.
- Serviço público exige imparcialidade — no emprego público, priorizar 'os meus' pode ser indevido.
Equivalentes
- inglês
Charity begins at home. - espanhol
La caridad empieza por casa. - francês
La charité bien ordonnée commence par soi-même.