Primeiro nós, depois os outros

Priorizar os membros do próprio grupo (família, amigos, colegas) antes de atender ou beneficiar terceiros; expressão de lealdade ou de autoproteção que pode ter conotação negativa quando implica favoritismo.

Versão neutra

Priorizar primeiro os membros do nosso grupo e só depois os restantes.

Faqs

O que significa este provérbio?
Significa dar prioridade aos membros do próprio grupo (família, amigos, colegas) antes de atender ou beneficiar outros.
É aceitável usar esta expressão em contextos formais?
Em contextos formais ou institucionais deve-se ter cuidado: pode ser interpretada como defesa de favoritismo ou parcialidade e, nesses casos, é preferível uma linguagem mais neutra.
Tem sempre conotação negativa?
Nem sempre. Pode expressar proteção legítima da família ou grupo; contudo, frequentemente adquire sentido negativo quando implica exclusão, nepotismo ou discriminação.
Como transmitir a mesma ideia sem soar exclusivo?
Pode dizer-se 'dar prioridade aos mais vulneráveis do nosso grupo' ou 'assegurar primeiro o bem‑estar da nossa família, compatibilizando depois com o apoio a outros'.

Notas de uso

Usa-se em contextos informais e em discussões sobre prioridades, lealdade ou favorecimentos.
Pode ser dito de forma justificativa (proteção da família) ou pejorativa (nepotismo, tribalismo).
Em contextos profissionais e públicos, a expressão pode ser criticada por sugerir parcialidade ou injustiça.
Ao empregá-la, convém esclarecer a intenção para evitar interpretações de exclusão ou discriminação.

Exemplos

Numa emergência, a família decidiu agir segundo a máxima 'primeiro nós, depois os outros' e levou primeiro as crianças para um local seguro.
No comité, alguns membros argumentaram 'primeiro nós, depois os outros' para defender a contratação de alguém recomendado pela equipa, o que gerou debate sobre imparcialidade.
Ao distribuir donativos, a associação optou por atender primeiro as famílias da comunidade local, seguindo a lógica de 'primeiro nós, depois os outros'.
Em política, a frase costuma ser usada para justificar políticas que privilegiam eleitores de determinada região, e por isso é alvo de críticas.