Fazei aos outros o que quereríeis que eles vos fizessem.

Fazei aos outros o que quereríeis que eles vos fi ... Fazei aos outros o que quereríeis que eles vos fizessem.

Orienta a tratar os outros da mesma forma como gostaríamos de ser tratados — um princípio de reciprocidade e empatia que guia o comportamento moral.

Versão neutra

Trata os outros como gostarias de ser tratado.

Faqs

  • Qual é a origem deste provérbio?
    A ideia existe em muitas tradições: aparece no Novo Testamento (Mateus 7:12, Lucas 6:31) e em fontes judaicas, confucionistas e greco-romanas. A formulação varia, mas o princípio de reciprocidade é recorrente ao longo da história.
  • É uma regra universalmente aplicável?
    Serve como orientação simples para promover respeito e empatia, mas não é sempre suficiente. Deve ser complementada com ponderações sobre justiça, direitos e preferências individuais.
  • Como aplicar na prática sem cometer erros?
    Antes de agir, tenta perceber as preferências e necessidades da outra pessoa (põe-te no lugar do outro). Ajusta a tua acção quando as preferências não coincidirem ou quando existirem desigualdades que exijam tratamento diferenciado.

Notas de uso

  • Usa-se como norma prática para orientar actos de cortesia, justiça e cooperação no quotidiano.
  • É aplicável em contextos pessoais (relações, família), profissionais (equipa, clientes) e sociais (serviço público, voluntariado).
  • Não é uma regra absoluta: deve ter em conta diferenças de preferências, assimetrias de poder e princípios de justiça que podem exigir tratar as pessoas de forma diferente para reparar desigualdades.
  • Em debates éticos, distingue-se entre a formulação positiva (faz aos outros...) e a negativa (não faças aos outros o que não queres para ti), cada uma com consequências práticas distintas.

Exemplos

  • No trabalho, oferecer feedback honesto e respeitador aos colegas, em vez de críticas públicas, porque também gostarias de receber correção com discrição.
  • Ao conduzires, cede passagem e respeita os peões — imagina que também poderias estar na situação deles e desejar que outros te respeitassem.
  • Num conflito familiar, tenta escutar antes de responder: comporta-te como gostarias que te tratassem quando estás zangado ou magoado.

Variações Sinónimos

  • Não faças aos outros o que não queres que te façam.
  • A Regra de Ouro
  • Trata o próximo como a ti mesmo
  • Põe-te no lugar do outro

Relacionados

  • Amarás o teu próximo como a ti mesmo (texto bíblico/ético)
  • Põe-te no lugar do outro (empatia prática)
  • Cada um colhe aquilo que planta (reciprocidade com ênfase em consequências)

Contrapontos

  • Nem sempre as preferências são simétricas — o que agrada a uma pessoa pode desagradar a outra, tornando a aplicação literal inadequada.
  • Pode falhar perante desigualdades: tratar igual quem é diferente pode perpetuar injustiças (é preciso equidade, não só reciprocidade).
  • Filósofos utilitaristas ou deontologistas apontam que a Regra de Ouro é insuficiente como princípio único para resolver conflitos morais complexos.

Equivalentes

  • Inglês
    Do unto others as you would have them do unto you.
  • Latim
    Quod tibi fieri non vis, alteri ne feceris (forma negativa relacionada); também aparece como regula aurea em várias fontes latinas.
  • Espanhol
    Haz a los demás lo que quisieras que te hicieran.
  • Francês
    Fais aux autres ce que tu voudrais qu'ils te fassent.
  • Alemão
    Behandle andere so, wie du von ihnen behandelt werden möchtest.
  • Chinês (mandarim)
    己所不欲,勿施于人 (versão negativa clássica de Confúcio: 'Não faças aos outros o que não queres para ti').