Feliz a nação que não tem história.
Afirma, frequentemente com ironia, que a ausência de acontecimentos traumáticos ou de memória colectiva torna um país 'feliz', sugerindo que a ignorância ou a amnésia evitam conflitos e culpas.
Versão neutra
Uma nação sem memória colectiva pareceria viver sem os conflitos e as culpas que a história traz.
Faqs
- Este provérbio elogia a ausência de história de um país?
Nem sempre. Muitas vezes a frase é usada ironicamente para criticar a ausência de memória ou a tentativa de esconder episódios incómodos do passado. - Qual é a origem deste provérbio?
A origem exacta não é consensual ou documentada de forma clara; a fórmula aparece em diversas línguas e contextos, usada por autores e comentadores para expressar a ideia de que a ausência de história evita conflitos e culpas. - Em que contextos se usa este provérbio hoje?
Usa‑se em discussões sobre educação, política, memória pública e jornalismo, sobretudo quando se debate a preservação da memória histórica versus a tentação de a ocultar.
Notas de uso
- Usado muitas vezes de forma irónica para criticar a amnésia colectiva ou a tentativa de apagar episódios incómodos do passado.
- Empregado em debates políticos e culturais quando se discute memória, responsabilidade histórica e identidade nacional.
- Pode aparecer em contextos jornalísticos, académicos ou literários quando se analisa a relação entre história e bem-estar social.
- Não é um elogio literal à falta de história; serve sobretudo para provocar reflexão sobre as consequências do esquecimento.
Exemplos
- O ministro disse, num tom descontraído, 'feliz a nação que não tem história', mas muitos críticos entenderam a frase como uma apologia ao esquecimento.
- Num artigo de opinião, a autora citou o provérbio para denunciar a revisão escolar que ignora episódios de violência: 'Não sejamos a nação que olha para o passado e decide apagá‑lo — feliz a nação que não tem história?'
Variações Sinónimos
- Felizes os povos que não têm história
- Feliz o país sem passado
- Bem-aventurada a nação sem memória
- Alegre é a nação que não recorda
Relacionados
- Quem não conhece a sua história está condenado a repeti-la (paráfrase da máxima de George Santayana)
- A história é escrita pelos vencedores
- Memória colectiva vs. amnésia deliberada
Contrapontos
- A história é necessária para aprender com erros passados e evitar repetições.
- A identidade e a coesão social dependem do reconhecimento do passado, mesmo quando doloroso.
- Apagar ou negligenciar a história pode perpetuar injustiças e impedir reparações.
Equivalentes
- inglês
Happy is the nation that has no history. - espanhol
Feliz la nación que no tiene historia. - francês
Heureuse la nation qui n'a pas d'histoire.