Fiado, nem a cunhado

Fiado, nem a cunhado.
 ... Fiado, nem a cunhado.

Advertência para não conceder crédito ou vender a fiado, mesmo a familiares próximos; prudência financeira acima de laços de parentesco.

Versão neutra

Não emprestes dinheiro ou mercadorias a crédito, nem sequer a familiares.

Faqs

  • Quando se usa este provérbio?
    Usa-se para justificar a recusa em conceder crédito ou vender a fiado, sobretudo quando se quer enfatizar prudência nas finanças, mesmo com familiares.
  • Significa que nunca se deve ajudar a família?
    Não necessariamente. O provérbio aconselha precaução com crédito sem garantias; ajuda pode ser prestada noutros termos (empréstimo formalizado, oferta pontual, etc.).
  • É ofensivo dizer isto a alguém directamente?
    Pode ser interpretado como rude ou desconfiado se dirigido a alguém em pedido de ajuda. Funciona melhor como comentário geral ou conselho.
  • Há alternativas práticas ao 'fiado'?
    Sim: acordos escritos, prazos fixos, garantias, ou hipóteses de ajuda sem condições financeiras (doação) quando se pretende proteger a relação.

Notas de uso

  • Usa-se em registo informal para justificar recusa em emprestar dinheiro ou bens sem garantia.
  • Tem tom cautelar e prático — não é imóvel; depende do contexto familiar e da relação de confiança.
  • Frequentemente dirigido a pequenos comerciantes, lojistas ou a quem é pedido crédito por conhecidos.
  • Pode soar ríspido se usado diretamente contra alguém; funciona melhor como conselho geral.

Exemplos

  • O João recusou vender as ferramentas a condomínio 'fiadas' e disse, meio a brincar: 'Fiado, nem a cunhado'.
  • Quando a prima voltou a pedir adiamento do pagamento, a dona da mercearia lembrou-se do provérbio: 'Fiado, nem a cunhado' e pediu pagamento imediato.

Variações Sinónimos

  • Nem ao cunhado fiado.
  • Fiado, nem ao sogro.
  • Não se dá fiado — nem a familiares.
  • Não se vende a crédito sem garantias.

Relacionados

  • Conselho prático contra concessão de crédito informal.
  • Expressões populares que apelam à prudência financeira (ex.: 'Não emprestes dinheiro a quem não podes perder').

Contrapontos

  • Em situações de verdadeira necessidade familiar, recusar sempre pode ser insensível; pequenas ajudas pontuais podem ser necessárias.
  • Emprestar com regras claras (prazo, comprovativo) pode preservar relações e evitar mal-entendidos.
  • Ajudas mútuas fortalecem laços sociais; o provérbio privilegia a segurança financeira em vez da solidariedade automática.

Equivalentes

  • es
    A crédito, ni al cuñado.
  • en
    On credit? Not even to your brother-in-law.
  • fr
    Crédit ? Même pas au beau-frère.
  • de
    Auf Kredit? Nicht mal dem Schwager.