Freiras e frieiras, é coçá-las e deixá-las.
Conselho para não intervir em certas situações ou com certas pessoas: mexer demasiado pode ser inútil ou piorar as coisas.
Versão neutra
Há situações em que é preferível não intervir: agitar ou forçar mudanças pode ser contraproducente.
Faqs
- Qual é o sentido literal deste provérbio?
Literamente, refere-se a duas palavras parecidas — 'freiras' (religiosas) e 'frieiras' (lesões na pele) — e sugere um gesto de coçar seguido de abandono; figurativamente aconselha a não mexer em certas coisas. - Quando é apropriado usar este provérbio?
Usa-se em situações em que a intervenção é inútil ou pode piorar as coisas: pequenas zaragatas, rumores ou assuntos triviais. Deve ser evitado quando a situação requer ação responsável. - É um provérbio ofensivo ou com conotações religiosas?
Não é intrinsecamente ofensivo; a menção a 'freiras' é mais um jogo de palavras do que uma crítica religiosa. O provérbio pode ser percebido como insensível se usado para justificar omissão perante problemas graves.
Notas de uso
- Uso coloquial e frequentemente irónico; aparece em contextos familiares ou rurais.
- Baseia-se num jogo de palavras entre 'freiras' (religiosas) e 'frieiras' (lesões cutâneas), sugerindo que tanto uma como outra se deixam estar após um gesto simples.
- Não deve ser usado para justificar omissão perante situações de perigo, abuso ou negligência que exigem intervenção.
- Pode transmitir resignação ou prudência — dependendo do tom, indica desinteresse, tolerância ou sensatez.
Exemplos
- Quando souberam da disputa entre os vizinhos, aconselhei: 'Freiras e frieiras, é coçá-las e deixá-las' — não vale a pena pôr-me ao barulho por coisas pequenas.
- No escritório, ele repetiu o provérbio ao ouvir rumores: 'Freiras e frieiras, é coçá-las e deixá-las' — preferiu não se envolver na fofoca.
- Ao ver a pequena discussão entre as crianças, a professora disse que, por enquanto, era melhor não intervir: 'É coçá-las e deixá-las', resolvem-se sozinhas.
Variações Sinónimos
- Deixa estar
- Deixa andar
- Melhor não mexer
- Não acordar quem dorme
Relacionados
- Não acordar o cão que dorme (Let sleeping dogs lie)
- Quem muito mexe, estraga
- Mais vale deixar como está
Contrapontos
- Nem sempre é adequado não intervir: situações de perigo, injustiça, violência ou doença exigem ação.
- Aplicar o provérbio como regra pode promover passividade e permitir negligência.
- Confundir resignação prudente com indiferença pode prejudicar relações ou comprometer responsabilidades.
Equivalentes
- Inglês
Let sleeping dogs lie. - Espanhol
No despiertes al perro que duerme. - Francês
Il ne faut pas réveiller le chat qui dort. - Português (PT, variante neutra)
Melhor deixar estar do que mexer e estragar.