Galinha gorda não precisa de tempero

Galinha gorda não precisa de tempero.

Coisas ou pessoas já suficientes ou valiosas não precisam de adições supérfluas; não convém complicar ou embelezar o que já está bem.

Versão neutra

O que já é bom/suficiente não precisa de acréscimos supérfluos.

Quando devo usar este provérbio?
Use-o para sinalizar que uma mudança ou adição é desnecessária porque algo já cumpre bem a sua função; adequado em discussões sobre produto, design, logística ou economia de recursos.
O provérbio é ofensivo?
O provérbio em si refere-se a coisas ou situações, mas se aplicado a pessoas pode ser interpretado como insensível ou body-shaming. Evite usá‑lo sobre características físicas ou condições pessoais.
Tem equivalentes em inglês?
Sim — frases como 'Don't gild the lily' (não enfeitar o que já é belo) ou 'If it ain't broke, don't fix it' (não consertar o que não está estragado) transmitem ideia semelhante.
Sempre se aplica?
Não. Em contextos em que a melhoria continua é necessária (segurança, conformidade, inovação), a máxima pode ser inadequada e até prejudicial.

Usa-se para justificar que não se deve acrescentar elementos desnecessários a algo que já funciona ou é apreciado.
Tom geralmente coloquial e proverbial; pode ser usado com humor ou como crítica a quem insiste em mudanças inúteis.
Cautela: aplicado a pessoas, pode soar como insensível ou pejorativo se for interpretado como comentário sobre o corpo ou o estatuto social.

O produto já vende bem e os clientes apreciam a simplicidade — galinha gorda não precisa de tempero, por isso vamos manter a versão atual.
Quando lhe ofereceram uma decoração exagerada para a casa, respondeu: 'Galinha gorda não precisa de tempero' — prefere funcionalidade a ostentação.
Em reunião alguém sugeriu mudar por mudar; alguém retrucou que não convém mexer em time que está a ganhar — um contraponto ao 'galinha gorda não precisa de tempero'.

Complacência: assumir que não é preciso melhorar pode impedir inovação e adaptação a novas circunstâncias.
Perfeccionismo produtivo: em alguns casos acrescentar ou melhorar é necessário para manter qualidade a longo prazo.
Contexto importa: algo bom hoje pode precisar de ajustes amanhã (tecnologia, segurança, regulamentação).