Advertência contra ser iludido ou manipulado por conversa; literalmente refere‑se ao genro, mas aplica‑se a qualquer pessoa que trate de persuadir com palavras vazias.
Versão neutra
Não me iludes com conversa/Não me leves pelo papo.
Faqs
O que significa exactamente este provérbio? Significa que alguém tenta convencer‑te ou manipular‑te sobretudo com conversa, promessas ou lisonjas, e que deves ter cuidado para não te deixares enganar.
Só se usa quando o interlocutor é realmente o genro? Não. Embora mencione o 'genro', é comum usar o provérbio de forma genérica para qualquer pessoa que tente conseguir algo só com palavras.
É um provérbio ofensivo? Não é necessariamente ofensivo, mas implica desconfiança. Dependendo do tom e do contexto, pode ser entendido como crítica ou acusação.
Quando é apropriado usar esta expressão? Em situações informais para alertar contra promessas vazias ou manipulação verbal; serve também como resposta irónica quando alguém fala muito mas não cumpre.
Notas de uso
Formulação coloquial; usada sobretudo em contextos familiares ou informais.
Refere‑se literalmente ao 'genro' (marido da filha) mas é frequentemente usada de modo genérico para qualquer pessoa que 'puxa conversa' para obter algo.
Expressa desconfiança perante promessas ou lisonjas; pode ser irónica ou séria conforme o tom.
Evitar usar de forma ofensiva em contextos delicados: pode magoar a pessoa a quem se dirige se entendida como acusação de manipulação.
Exemplos
Quando o genro começou a prometer que ia ajudar nas despesas, a mãe respondeu: «Genro, pelo papo vai me tangendo» — quer dizer, não quero decidir só pelas palavras.
Na reunião, o colega falou muito sobre boa vontade, mas ninguém viu resultados. Ficou claro: pelo papo não nos tangem — precisamos de ações, não de promessas.
Ela riu e disse «Genro, pelo papo vai me tangendo», para avisar que não se deixaria convencer apenas por lisonjas.
Variações Sinónimos
Pelo papo não me levas.
Não me iludas com papo.
Não me tangas pelo papo.
Não me enganes com conversa.
Relacionados
Palavras levam‑nas o vento (palavras sem consequência).
Falar é fácil, fazer é que é o difícil.
Prometer não empobrece (promessas vazias).
Contrapontos
Quem não arrisca não petisca — sugere que alguma confiança pode ser necessária para obter resultados.
Dar crédito às pessoas pode aproximar e resolver problemas; nem sempre desconfiar é produtivo.
A palavra empenhada tem valor — em alguns contextos, a promessa conta como compromisso.
Equivalentes
inglês Don't let him butter you up / He's just stringing me along.
espanhol Me está tomando el pelo / No me engañes con palabras.