Diz que, numa situação de engano ou aproveitamento, haverá sempre alguém ingénuo ou vulnerável que será iludido ou escolhido para sofrer as consequências.
Versão neutra
Há sempre alguém que se deixa enganar / que acaba por ser iludido.
Faqs
O que significa exatamente este provérbio? Significa que, em muitas situações em que há uma armadilha, fraude ou procura de alguém para assumir prejuízo, existe sempre alguém ingénuo ou vulnerável que acaba por ser enganado ou culpabilizado.
É ofensivo usar esta expressão? Sim, pode ser considerado pejorativo porque insinua que a pessoa enganada é tola. Em contextos formais ou ao falar de vítimas é preferível evitar o termo.
Quando é apropriado usar uma versão neutral? Use uma versão neutra como "há sempre alguém que se deixa enganar" quando pretende explicar um fenómeno social sem culpar ou insultar quem sofreu o engano.
Esta expressão é usada em Portugal? É compreensível em Portugal no registo coloquial; pode não ser adequada em contextos formais ou sensíveis.
Notas de uso
Expressão coloquial e pejorativa; usada em contextos informais.
Refere-se tanto a enganos (golpes, fraudes) como a situações em que se procura alguém para assumir a culpa ou prejuízo.
Pode ser percebida como insensível por culpar ou rebaixar a pessoa enganada; evitar em contextos formais ou ao falar de vítimas.
Exemplos
Quando começaram a vender esse esquema «rentável», muitos ficaram desconfiados, mas o João investiu — afinal há sempre um trouxa para enfiar a touca.
Na discussão sobre quem ficaria responsável pelo erro, reapareceu a velha lógica: há sempre um trouxa para enfiar a touca, e acabámos por culpar o estagiário.
Variações Sinónimos
Sempre há um trouxa para isso
Há sempre um tolo para cair na armadilha
Há sempre um papalvo
Sempre há alguém que se deixa enganar
Relacionados
Sempre há alguém que se deixa enganar (frase afim, coloquial)
Há sempre quem caia (variante informal)
Expressões sobre ingenuidade e exploração em contexto social ou económico
Contrapontos
A expressão pode promover a culpabilização da vítima em vez de questionar quem explora ou engana.
Usar este provérbio sem cuidado pode normalizar práticas de exploração e diminuir a empatia por quem foi enganado.
Em contextos profissionais ou sensíveis, é preferível adotar termos neutros e focar em prevenção e responsabilização.
Equivalentes
inglês There's always a sucker / There's always a sucker born every minute.
espanhol Siempre hay un tonto para todo / Siempre hay un incauto que cae.