Já morreu por quem tangiam.
Indica que algo já aconteceu e não pode ser alterado; é tarde para remediar ou agir.
Versão neutra
A pessoa por quem tocavam os sinos já morreu.
Faqs
- Quando devo usar este provérbio?
Use-o para indicar que uma situação já se consumou e não há hipótese de a alterar; normalmente com sentido de resignação. Evite em contextos de luto delicado, salvo quando usado por pessoas já resignadas. - Qual é o registo (formal ou informal)?
É de registo informal e coloquial; mais comum em conversas do dia a dia do que em textos formais. - De onde vem a expressão?
Provém da prática cristã de tocar os sinos por alguém que morrera; a imagem comunica que o acontecimento (a morte) já teve lugar, daí o sentido de irreversibilidade.
Notas de uso
- Expressa resignação ou aceitação de um facto consumado.
- Usado em conversas informais; pode soar abrupto ou insensível se dirigido a quem sofre pela perda.
- Remete à prática antiga de tocar os sinos da igreja quando alguém morria — daí a imagem do evento já consumado.
- Frequentemente dito para desencorajar tentativas de reversão ou lamentação excessiva.
Exemplos
- Quando soube que o contrato já tinha sido assinado, disse simplesmente: «Já morreu por quem tangiam» — já era tarde para negociar.
- Ela lamentava ter perdido a oportunidade de estudar no estrangeiro, e o amigo respondeu: «Isso já morreu por quem tangiam; agora planeia outra alternativa.»
Variações Sinónimos
- Já era
- Já foi
- O mal está feito
- Não adianta chorar sobre o leite derramado
- Águas passadas não movem moinhos
Relacionados
- Não adianta chorar sobre o leite derramado
- Águas passadas não movem moinhos
- O que está feito, está feito
Contrapontos
- Nunca é tarde para tentar (enfatiza ação mesmo depois de um erro)
- Antes tarde do que nunca (valorizando tentativa tardia)
- Ainda se pode remediar (otimista quanto a soluções)
Equivalentes
- inglês
What's done is done / There's no use crying over spilt milk - espanhol
Lo hecho, hecho está / No hay remedio - francês
Ce qui est fait est fait