Mais dano fazem amigos néscios do que inimigos descobertos.
Amigos tolos ou mal aconselhadores podem causar mais prejuízo do que inimigos declarados, porque a confiança facilita o dano.
Versão neutra
Amigos tolos causam mais danos do que inimigos declarados.
Faqs
- Quando devo usar este provérbio?
Use-o para sublinhar que confiar em alguém sem avaliar competência ou juízo pode causar prejuízos maiores do que as ações de um inimigo conhecido. É apropriado em avisos, conselhos e reflexões sobre liderança e relações. - Este provérbio implica que devemos desconfiar sempre dos amigos?
Não. A ideia é cautela: valorizar a competência e o bom conselho. Não se pretende promover desconfiança sistemática, mas sim prudência ao seguir sugestões e ao delegar responsabilidades. - Há contextos em que este provérbio não se aplica?
Sim. Em situações em que a hostilidade do inimigo é clara e eficaz, ou quando a ignorância do amigo é inócua, o provérbio perde força. Também não se aplica quando a relação tem compensações positivas que superam o risco. - Qual a diferença entre este provérbio e «melhor só do que mal acompanhado»?
Ambos advertem contra más companhias, mas o primeiro foca o impacto negativo de conselhos ou ações de amigos tolos; o segundo enfatiza que é preferível a solidão a companhia prejudicial, sem distinguir entre amigos e inimigos.
Notas de uso
- Usa-se para alertar contra o perigo de confiar em pessoas bem-intencionadas mas incompetentes ou ingénuas.
- Aplica-se em contextos pessoais, profissionais e políticos quando o dano provém de conselhos, omissões ou atitudes de quem é considerado amigo.
- Implica uma distinção entre intenção e consequência: nem sempre o mal vem de maldade, pode vir da ignorância aliada à confiança.
- Não pretende estigmatizar amizades, mas sublinha a importância de avaliar competência e juízo naqueles cuja opinião seguimos.
Exemplos
- Na reunião de diretores, o projeto falhou porque um colega bem-intencionado insistiu numa ideia sem avaliar os riscos — mais dano fazem amigos néscios do que inimigos descobertos.
- Ela confiou no amigo que prometeu ajudar nas finanças e acabou por perder dinheiro; é um caso típico de que mais dano fazem amigos néscios do que inimigos descobertos.
- Em política, decisões tomadas por conselheiros incompetentes podem ser piores do que ataques externos — por isso se recordou o provérbio.
Variações Sinónimos
- Amigos tolos fazem mais mal do que inimigos declarados.
- Mais prejuízo traz um amigo ignorante do que um inimigo aberto.
- Os conselhos de um amigo incompetente são piores que a afronta de um inimigo.
Relacionados
- Melhor só do que mal acompanhado
- Quem com lobos anda, a uivar aprende (no sentido de influência negativa)
- Confia, mas verifica (sobre prudência na confiança)
Contrapontos
- Nem sempre um amigo tolo causa mais dano; um inimigo determinado e informado pode ser muito mais perigoso.
- O provérbio enfatiza consequências, não intenção: a ignorância não é o mesmo que traição.
- Em algumas situações, é preferível confrontar um inimigo declarado porque se compreendem melhor as ameaças e se podem tomar medidas defensivas.
Equivalentes
- inglês
A foolish friend is worse than an open enemy. - espanhol
Más daño hacen los amigos necios que los enemigos declarados. - francês
Les amis insensés font plus de mal que les ennemis déclarés. - alemão
Törichte Freunde schaden mehr als offene Feinde. - italiano
Un amico sciocco fa più danno di un nemico dichiarato.